fundamentos de fÃsica iii fundamentos de fÃsica iii - Departamento de ...
fundamentos de fÃsica iii fundamentos de fÃsica iii - Departamento de ...
fundamentos de fÃsica iii fundamentos de fÃsica iii - Departamento de ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
do solenói<strong>de</strong> e, no exterior, próximo a suas extremida<strong>de</strong>s, diminuindo<br />
rapidamente quando nos afastamos <strong>de</strong>stas.<br />
Para calcularmos o fluxo conjugado das espiras, <strong>de</strong>sprezamos os<br />
efeitos da <strong>de</strong>formação das linhas <strong>de</strong> indução do campo nas duas extremida<strong>de</strong>s do<br />
solenói<strong>de</strong>. Esta aproximação é equivalente à que se fez ao consi<strong>de</strong>rarmos um<br />
capacitor <strong>de</strong> placas paralelas, com dimensões muito maiores que a distância entre<br />
elas, e admitirmos nesse espaço um campo elétrico uniforme, <strong>de</strong>sprezando o<br />
encurvamento das linhas <strong>de</strong> força nas bordas das placas.<br />
As espiras do solenói<strong>de</strong> <strong>de</strong>finem planos perpendiculares ao seu eixo e seus<br />
vetores normais são, portanto, paralelos a esse eixo, ou seja, têm a mesma direção<br />
do campo magnético. O valor do campo (uniforme) multiplicado pela área da seção<br />
reta do solenói<strong>de</strong> é o fluxo em cada espira. Multiplicado pelo número <strong>de</strong> espiras nos<br />
fornece o que <strong>de</strong>sejamos encontrar, que é o fluxo conjugado <strong>de</strong> todas as<br />
espiras.<br />
O campo magnético no interior <strong>de</strong> um solenói<strong>de</strong>, percorrido por uma<br />
corrente i , po<strong>de</strong> ser calculado com o uso da lei <strong>de</strong> Ampère e é dado pela<br />
expressão:<br />
B sol 0<br />
= µ n i ,<br />
on<strong>de</strong> n = N H é o número <strong>de</strong> espiras por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comprimento.<br />
sendo<br />
O fluxo conjugado no solenói<strong>de</strong> é então:<br />
2<br />
∑ B<br />
N A ( ni ) n V i , (34.2)<br />
ϕ = ϕ = µ = µ<br />
B, sol<br />
0 0<br />
espiras<br />
2<br />
A = πR a área da seção reta e V = AH o volume do solenói<strong>de</strong>.<br />
Po<strong>de</strong>mos ver que o fluxo conjugado é proporcional à corrente que<br />
percorre o solenói<strong>de</strong>.<br />
A constante <strong>de</strong> proporcionalida<strong>de</strong> entre o fluxo e a corrente é o resultado <strong>de</strong><br />
um produto <strong>de</strong> fatores que são constantes e envolvem apenas características<br />
geométricas do dispositivo em questão, além da permeabilida<strong>de</strong> magnética do<br />
vácuo. Devido a sua importância, dá-se o nome específico <strong>de</strong> indutância, a esse<br />
conjunto <strong>de</strong> fatores ou a esta constante <strong>de</strong> proporcionalida<strong>de</strong>.<br />
Po<strong>de</strong>mos resumir as idéias dizendo que o fluxo conjugado <strong>de</strong> todas<br />
as espiras é igual à indutância do indutor multiplicada pela intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
corrente que o atravessa:<br />
sendo L o símbolo usual utilizado para a indutância.<br />
φ<br />
B , conj<br />
= Li , (34.3)<br />
Esta gran<strong>de</strong>za é também <strong>de</strong>nominada auto-indutância, pois está ligada ao<br />
cálculo do fluxo do campo magnético, na região das espiras, provocado pela<br />
corrente que percorre o próprio dispositivo. Isto é, uma corrente elétrica em um<br />
dispositivo faz com que seja criado um campo magnético que é responsável por um<br />
fluxo <strong>de</strong> campo na região entre suas próprias espiras.<br />
solenói<strong>de</strong>:<br />
Po<strong>de</strong>mos, então, escrever a expressão para a auto-indutância <strong>de</strong> um<br />
2<br />
L sol<br />
µ 0<br />
= n V . (34.4)<br />
A <strong>de</strong>pendência da indutância com o quadrado do número <strong>de</strong> espiras é<br />
esperada, pois o campo que gera um fluxo em cada espira é proporcional a N e o<br />
fluxo conjugado das N espiras <strong>de</strong>ve ser novamente multiplicado por este número.<br />
A unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> indutância é o resultado da divisão <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fluxo<br />
magnético por uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corrente. Por sua importância recebe, no sistema<br />
internacional <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s (SI) o nome <strong>de</strong> henry (abreviatura H) em homenagem a<br />
Joseph Henry que <strong>de</strong>senvolveu, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente, a teoria da<br />
eletromagnética na mesma época que Faraday.<br />
2<br />
1H = 1henry = 1 T. m / A = 1 Wb / A.<br />
indução<br />
Po<strong>de</strong>mos ver, também, da expressão encontrada para a indutância do<br />
solenói<strong>de</strong>, que esta é o produto da constante µ<br />
0 (permeabilida<strong>de</strong> magnética do<br />
510<br />
511