fundamentos de fÃsica iii fundamentos de fÃsica iii - Departamento de ...
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Quando em uma tempesta<strong>de</strong> forma-se uma nuvem muito carregada, um campo<br />
elétrico muito intenso é criado entre aquela e a superfície da Terra. Isto po<strong>de</strong><br />
provocar um raio, que é a passagem <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga elétrica da<br />
Terra para a nuvem ou da nuvem para a Terra.<br />
interligadas, com <strong>de</strong>senvolvimentos tecnológicos posteriores que aumentam sua<br />
eficiência e seu manuseio.<br />
Este fluxo <strong>de</strong> cargas, <strong>de</strong>nominado corrente corona, é muito intenso e tem uma<br />
duração muito curta, cessando assim que a nuvem se <strong>de</strong>scarrega, ou assim que<br />
<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> existir uma diferença <strong>de</strong> potencial entre a nuvem e a Terra.<br />
Mas não é disso que precisamos se queremos, por exemplo, manter acesas as<br />
luzes <strong>de</strong> uma residência por mais que alguns décimos <strong>de</strong> segundo.<br />
Para isto é necessário que se possa criar e manter um campo elétrico, que<br />
representa a força (eletro)motriz que provoca o movimento das cargas<br />
elétricas.<br />
Isto é, necessita-se <strong>de</strong> um dispositivo que possa gerar uma separação <strong>de</strong><br />
cargas positivas e negativas e que essa separação permaneça, mesmo<br />
quando haja um fluxo contínuo <strong>de</strong> cargas passando pelo dispositivo.<br />
Tal dispositivo constitui um gerador <strong>de</strong> corrente ou <strong>de</strong> força eletromotriz.<br />
18.2 GERADORES DE CORRENTE E FORÇA ELETROMOTRIZ<br />
A solução para o problema <strong>de</strong> criar um campo elétrico estável foi encontrada<br />
por Alessandro Giuseppe Antonio Anastasio Volta (1745-1827), que, em 1800,<br />
inventou um dispositivo, hoje conhecido com o nome <strong>de</strong> célula voltaica, que é<br />
capaz <strong>de</strong> produzir uma diferença <strong>de</strong> potencial pequena, porém estável<br />
entre dois polos, ou eletrodos, o que permite manter cargas em movimento<br />
por longos períodos <strong>de</strong> tempo. Os eletrodos são constituídos por dois metais<br />
diferentes que são imersos em uma solução salina, o eletrólito, e espontaneamente<br />
<strong>de</strong>senvolvem uma diferença <strong>de</strong> potencial <strong>de</strong>vido à reação química envolvendo os<br />
eletrodos e o eletrólito.<br />
Cada célula apresenta uma diferença <strong>de</strong> potencial entre seus polos que<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> exclusivamente dos metais utilizados. As diversas pilhas e baterias<br />
elétricas, às quais estamos tão acostumados, são conjuntos <strong>de</strong> células voltaicas<br />
Figura 18.1: Representação esquemática <strong>de</strong> uma célula voltaica.<br />
A figura 18.1 mostra esquematicamente o funcionamento <strong>de</strong> uma célula<br />
voltaica em que os eletrodos são <strong>de</strong> cobre e <strong>de</strong> zinco. Nela, temos uma solução <strong>de</strong><br />
CuSO 4 e ZnSO 4 em água, on<strong>de</strong> são imersos os eletrodos. Inicialmente, alguns<br />
átomos <strong>de</strong> cada eletrodo per<strong>de</strong>m dois elétrons e se integram à solução como íons<br />
positivos. Com isto, os eletrodos se tornam negativos com relação ao eletrólito, que<br />
inicialmente é uma “sopa” neutra e uniforme <strong>de</strong> moléculas <strong>de</strong> água e <strong>de</strong> íons H + ,<br />
OH – 2<br />
, SO – 4 , Cu 2+ e Zn 2+ .<br />
A diferença na energia <strong>de</strong> ionização dos diferentes metais faz com que os<br />
eletrodos fiquem com potenciais diferentes e haja uma redistribuição das cargas no<br />
eletrólito. Neste caso o eletrodo <strong>de</strong> zinco fica em um potencial mais baixo e é<br />
<strong>de</strong>nominado polo negativo; o eletrodo <strong>de</strong> cobre, por sua vez, é <strong>de</strong>nominado<br />
polo positivo e seu potencial elétrico está 1,1 V acima do potencial do polo<br />
negativo.<br />
Os elétrons e íons negativos que se encontram próximos do polo negativo,<br />
têm energia maior do que aqueles que se localizam próximos do polo positivo. Já os<br />
íons positivos próximos do polo negativo tem energia menor do que aqueles que se<br />
encontram em torno do polo positivo.<br />
Quando ligamos os eletrodos externamente com um fio condutor,<br />
elétrons do polo negativo fluem para o polo positivo. Ali, alguns íons <strong>de</strong><br />
cobre, Cu 2+ , que se encontram no eletrólito, recebem dois elétrons, cada<br />
um <strong>de</strong>les, tornando-se neutros, e se <strong>de</strong>positam nesse eletrodo saindo da<br />
solução. Enquanto isso, átomos <strong>de</strong> zinco <strong>de</strong>ixam elétrons no polo negativo<br />
e se integram ao eletrólito como íons Zn 2+ .<br />
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