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fundamentos de física iii fundamentos de física iii - Departamento de ...

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claro que a força que age em cada elétron vai aumentando também,<br />

proporcionalmente. Isto po<strong>de</strong> chegar ao ponto em que a força externa fica maior do<br />

que a força que liga o elétron ao seu núcleo. Quando isto acontece, os elétrons<br />

passarão a ser livres – transformando, então, um dielétrico em um condutor!<br />

Esse processo po<strong>de</strong> ocorrer com qualquer isolante e o campo elétrico aplicado que<br />

o transforma em condutor vai <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r da estrutura <strong>de</strong> cada material.<br />

O valor mínimo do campo elétrico que <strong>de</strong>ve ser aplicado a um<br />

dielétrico para transformá-lo em condutor é <strong>de</strong>nominado rigi<strong>de</strong>z dielétrica.<br />

Cada material tem seu valor próprio <strong>de</strong> rigi<strong>de</strong>z dielétrica, dadas as diferentes<br />

estruturas microscópicas <strong>de</strong> cada um.<br />

Verifica-se experimentalmente que a rigi<strong>de</strong>z dielétrica do vidro é<br />

6<br />

14× 10 N/C (unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> campo elétrico!) enquanto a da mica po<strong>de</strong> atingir<br />

6<br />

6<br />

100× 10 N/C . A rigi<strong>de</strong>z dielétrica do ar é bem menor, 3× 10 N/ C .<br />

Consi<strong>de</strong>remos um capacitor <strong>de</strong> placas planas, separadas por uma camada<br />

6<br />

<strong>de</strong> ar. Se o campo elétrico criado por essas placas for inferior a 3× 10 N/ C , o ar<br />

entre elas permancerá isolante e impedirá que haja passagem <strong>de</strong> cargas <strong>de</strong> uma<br />

placa à outra. Entretanto, se o campo exce<strong>de</strong>r esse valor, a rigi<strong>de</strong>z dielétrica do ar<br />

será rompida e o ar se transformará em um condutor.<br />

A introdução <strong>de</strong> um dielétrico entre as placas <strong>de</strong> um capacitor produz uma variação<br />

importante em suas proprieda<strong>de</strong>s. Vamos agora verificar como po<strong>de</strong>mos escrever a<br />

lei <strong>de</strong> Gauss para o caso <strong>de</strong> um meio com dielétrico. Para fixar i<strong>de</strong>ias, escolheremos<br />

um capacitor <strong>de</strong> placas planas e paralelas como exemplo <strong>de</strong> cálculo, mas os<br />

resultados que obteremos serão válidos para qualquer outra situação.<br />

Quando não há dielétrico presente entre as placas do capacitor, a lei <strong>de</strong> Gauss se<br />

escreve:<br />

∫ E<br />

r<br />

• nˆ<br />

dA =<br />

S<br />

Para um capacitor <strong>de</strong> placas plano-paralelas <strong>de</strong> área A, com ar ou vácuo entre elas,<br />

o campo elétrico é:<br />

q<br />

E = 0<br />

ε A<br />

Se introduzirmos o dielétrico, o campo elétrico das cargas no capacitor induzirá<br />

cargas no dielétrico por polarização; as faces do dielétrico apresentarão cargas<br />

elétricas q′ <strong>de</strong> sinais opostos às das placas do capacitor, como po<strong>de</strong>mos ver na<br />

Figura 15.6:<br />

0<br />

q<br />

ε<br />

0<br />

As cargas, neste momento, ficarão livres e serão atraídas para as placas<br />

com cargas opostas a elas. Isso ocasiona uma <strong>de</strong>scarga elétrica entre as placas.<br />

Esta <strong>de</strong>scarga vem acompanhada <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> luz e um estalo que é causado<br />

pela expansão do ar que se aquece com a <strong>de</strong>scarga elétrica.<br />

É interessante notar também que o módulo da rigi<strong>de</strong>z dielétrica dos<br />

materiais utilizados é maior do que o do ar, o que tem como consequência imediata<br />

que esse tipo <strong>de</strong> capacitor po<strong>de</strong> ser submetido a campos mais intensos do que o ar.<br />

Quando a rigi<strong>de</strong>z dielétrica do material é atingida, o capacitor é danificado pois,<br />

como discutimos, ocorrerão <strong>de</strong>scargas elétricas <strong>de</strong> um condutor a outro. Portanto,<br />

colocar um dielétrico <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um capacitor torna-o mais estável. Po<strong>de</strong>mos tornar<br />

essas idéias mais quantitativas.<br />

15.3 A LEI DE GAUSS E OS DIELÉTRICOS<br />

Figura 15.6: Capacitor com dielétrico<br />

Consi<strong>de</strong>rando uma superfície <strong>de</strong> Gauss como mostrado na figura, pelas linhas<br />

tracejadas, a aplicação da lei <strong>de</strong> Gauss nos dá:<br />

ou:<br />

r<br />

ε ∫ E • nˆ<br />

dA E A = q − q′<br />

0<br />

= ε<br />

0<br />

S<br />

E =<br />

q<br />

ε A<br />

0<br />

q′<br />

− (15.7)<br />

ε A<br />

0<br />

Em que E é o campo elétrico <strong>de</strong>vido à carga líquida <strong>de</strong>ntro da superfície <strong>de</strong> Gauss.<br />

Se K é a constante dielétrica do dielétrico, temos, <strong>de</strong> K = ε ε<br />

0<br />

, que:<br />

239<br />

240

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