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fundamentos de física iii fundamentos de física iii - Departamento de ...

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perpendicular à <strong>de</strong> r r e v r . As linhas <strong>de</strong> força magnéticas são círculos como<br />

mostrados na figura 29.7. Note que o campo magnético se anula ao longo da linha<br />

<strong>de</strong> movimento da carga e é máximo no plano perpendicular a esta linha, passando<br />

pela carga.<br />

Se supusermos que o campo elétrico E r gerado pela carga em A não é<br />

afetado pelo movimento <strong>de</strong>la, po<strong>de</strong>mos escrever que:<br />

Tirando o valor <strong>de</strong><br />

r 1 q<br />

E =<br />

4π ε r<br />

0<br />

ˆ .<br />

u<br />

2 R<br />

û<br />

R<br />

<strong>de</strong>ssa expressão e levando em (29.8), obtemos:<br />

r r r 1 r r<br />

B = µ<br />

0<br />

ε<br />

0<br />

v × E = v × E,<br />

(29.9)<br />

2<br />

c<br />

que dá a relação entre os campos elétrico e magnético gerados pela carga<br />

q em movimento.<br />

Na expressão (29.9), houve a substituição:<br />

1<br />

8<br />

c = = 2,9979×<br />

10 m/s (29.10)<br />

µ ε<br />

que é a velocida<strong>de</strong> da luz no vácuo.<br />

0<br />

0<br />

Em resumo, uma carga elétrica em repouso gera um campo elétrico; mas,<br />

se ela estiver em movimento, ela gera também um campo magnético. A equação<br />

(29-9) mostra que esses campos são dois aspectos <strong>de</strong> uma proprieda<strong>de</strong><br />

fundamental da matéria. Por isso, é mais correto usar o termo campo<br />

eletromagnético para <strong>de</strong>screver interações que envolvem cargas elétricas.<br />

A equação (29.8) vale quando a velocida<strong>de</strong> da carga é muito menor que a<br />

velocida<strong>de</strong> da luz. Quando isso não acontece, ela <strong>de</strong>ve ser substituída por uma<br />

outra equação <strong>de</strong>rivada da Teoria da Relativida<strong>de</strong>, conforme estudaremos mais<br />

adiante.<br />

SAIBA MAIS<br />

Sobre as unida<strong>de</strong>s do eletromagnetismo<br />

Quando estudamos a lei <strong>de</strong> Coulomb, vimos que a constante<br />

expressão da força elétrica:<br />

F<br />

e =<br />

K<br />

e<br />

q q<br />

r<br />

1 2<br />

2<br />

K<br />

e , que aparece na<br />

era <strong>de</strong>terminada experimentalmente a partir da <strong>de</strong>finição da unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga<br />

elétrica, o Coulomb. Ela é expressa em termos <strong>de</strong> uma outra constante – a<br />

permissivida<strong>de</strong> elétrica ε<br />

0 - por:<br />

K<br />

e<br />

1<br />

=<br />

4π ε<br />

Por outro lado, a força magnética que atua entre dois fios retilíneos e longos,<br />

percorridos por uma corrente elétrica e separados <strong>de</strong> uma distância R , é dada<br />

pela equação (29.6) ou (29.7):<br />

F = K<br />

m<br />

m<br />

i<br />

A<br />

0<br />

i<br />

B<br />

l<br />

2π R<br />

Ela contém uma constante <strong>de</strong> proporcionalida<strong>de</strong><br />

K<br />

m que também é expressa em<br />

termos <strong>de</strong> uma outra constante –a permissivida<strong>de</strong> magnética µ<br />

0 - por:<br />

K m<br />

µ<br />

0<br />

=<br />

4π<br />

A equação (29.10) nos mostra que µ<br />

0 e ε<br />

0 estão relacionados <strong>de</strong> uma maneira<br />

bem <strong>de</strong>finida; assim , o valor <strong>de</strong> uma das constantes <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do valor da outra. A<br />

razão disso é que ambas se referem a uma só gran<strong>de</strong>za fundamental – a carga<br />

elétrica – já que a corrente elétrica é carga/tempo. Portanto, ao escolher o ampère<br />

como a quarta unida<strong>de</strong> fundamental do SI (além do quilograma, metro e<br />

segundo), a Conferência Geral <strong>de</strong> Pesos e Medidas <strong>de</strong> 1960 adotou, por<br />

<strong>de</strong>finição, que o valor <strong>de</strong><br />

K<br />

m <strong>de</strong>ve ser:<br />

K m<br />

=<br />

−7<br />

2<br />

10 c<br />

para que a equação (29-10) forneça o valor:<br />

ε<br />

1<br />

1<br />

12 2<br />

0<br />

= =<br />

= 8,854 × 10 C /<br />

2<br />

−7<br />

2<br />

µ<br />

0<br />

c 4π<br />

× 10 c<br />

N m<br />

2<br />

medido experimentalmente.<br />

Dessa forma, a equação (29.6) ou a equação (29.7) po<strong>de</strong> ser usada para <strong>de</strong>finir o<br />

ampère como unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corrente elétrica que, percorrendo dois condutores<br />

421<br />

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