fundamentos de fÃsica iii fundamentos de fÃsica iii - Departamento de ...
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No caso dos condutores a banda ocupada com maior energia tem níveis não<br />
ocupados por elétrons. Esta banda po<strong>de</strong> estar separada da próxima banda vazia por<br />
um intervalo <strong>de</strong> energias <strong>de</strong>nominado banda proibida ou po<strong>de</strong> se superpor a esta.<br />
Quando se aplica um campo, os elétrons po<strong>de</strong>m ganhar pequenas quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
energia <strong>de</strong>sse campo, mudando para níveis <strong>de</strong> energia ligeiramente maiores, na<br />
mesma banda, no caso representado na figura 21.1a, ou mesmo para níveis <strong>de</strong><br />
outra banda, no caso representado na figura 21.1c, <strong>de</strong> forma a adquirirem a<br />
velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arrasto responsável pela corrente elétrica no material.<br />
entre as bandas é muito menor que no caso dos dielétricos. Isto faz com que um<br />
número muito maior <strong>de</strong> elétrons possam ser promovidos termicamente para a<br />
banda <strong>de</strong> condução. O resultado é uma resistivida<strong>de</strong> muito menor que a dos<br />
dielétricos, mas bem maior que a dos condutores. O aumento <strong>de</strong> temperatura<br />
promove mais elétrons para a banda <strong>de</strong> condução sendo responsável por uma<br />
queda na resistivida<strong>de</strong>, ao contrário do que ocorre com os condutores, em que o<br />
aumento da temperatura aumenta a agitação da re<strong>de</strong> aumentando a resistivida<strong>de</strong><br />
do material.<br />
21.1.2 ADIÇÃO DE IMPUREZAS EM SEMICONDUTORES<br />
A resistivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> isolantes e semicondutores po<strong>de</strong> ser bastante alterada<br />
pela adição, por um processo <strong>de</strong>nominado dopagem, <strong>de</strong> pequenas quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
“impurezas”, cujos átomos têm um elétron a mais ou a menos que os da matriz.<br />
Isto modifica ligeiramente a estrutura <strong>de</strong> bandas do cristal original, alterando<br />
drasticamente o número <strong>de</strong> portadores <strong>de</strong> carga disponíveis.<br />
Figura 21.1: Estrutura <strong>de</strong> bandas: (a) condutor, (b) isolante, (c) condutor e (d)<br />
semicondutor.<br />
No caso dos isolantes, ou dielétricos, cuja estrutura <strong>de</strong> bandas está<br />
representada na figura 21.1b, todos os níveis da banda superior estão ocupados e<br />
há uma distância gran<strong>de</strong> para a próxima banda, que está virtualmente <strong>de</strong>socupada.<br />
Quando um campo elétrico é aplicado, os elétrons não têm níveis <strong>de</strong> energia<br />
próximos, disponíveis, para que possam ganhar energia do campo, e este não po<strong>de</strong><br />
dar energia suficiente para que os elétrons passem para outra banda. Este fato<br />
seria responsável por uma resistivida<strong>de</strong> infinita. No entanto, <strong>de</strong>vido à pequena<br />
energia térmica, da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 0,02 eV, uns poucos elétrons no sólido po<strong>de</strong>m ser<br />
promovidos da chamada banda <strong>de</strong> valência (a última camada totalmente<br />
ocupada) para a banda <strong>de</strong> condução (a próxima camada <strong>de</strong>socupada). Isto faz<br />
com que, mesmo um isolante, tenha ainda alguns poucos portadores <strong>de</strong> carga que<br />
po<strong>de</strong>m absorver pequenas quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> energia, contribuindo para uma pequena<br />
condutivida<strong>de</strong>. Entretanto, enquanto nos metais po<strong>de</strong>mos ter um portador <strong>de</strong> carga<br />
por átomo, nos isolantes esse número é muitas or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za menor.<br />
Se os átomos das impurezas têm um elétron a mais, os níveis que po<strong>de</strong>m<br />
ser ocupados por este ficam acima da banda <strong>de</strong> valência dos átomos da matriz e<br />
bastante próximos <strong>de</strong> sua banda <strong>de</strong> condução, po<strong>de</strong>ndo facilmente ser promovidos<br />
para esta. Isto po<strong>de</strong> ser visto esquematicamente na figura 21.2a. Essas impurezas<br />
são <strong>de</strong>nominadas doadoras, pois ce<strong>de</strong>m elétrons que vão participar da condução<br />
elétrica no cristal. Estes semicondutores são do tipo n, por serem os<br />
portadores <strong>de</strong> carga negativos.<br />
Por outro lado, se os átomos das impurezas têm um elétron a menos que os<br />
da matriz haverá níveis <strong>de</strong> energia vazios logo acima da banda <strong>de</strong> valência, como<br />
mostra a figura 21.2b. Estes átomos po<strong>de</strong>m receber elétrons <strong>de</strong> átomos da<br />
matriz, <strong>de</strong>ixando um “buraco” na banda <strong>de</strong> condução da matriz, que é a falta<br />
<strong>de</strong>sse elétron. Um elétron <strong>de</strong> outro átomo da matriz po<strong>de</strong> ocupar o lugar <strong>de</strong>sse<br />
buraco, que por sua vez se move para o átomo que ce<strong>de</strong>u o elétron. Dessa forma<br />
um buraco se <strong>de</strong>sloca como se fosse uma carga positiva caminhando no<br />
sentido do campo aplicado. Estes semicondutores são, portanto, do tipo p.<br />
Nos semicondutores, cuja estrutura <strong>de</strong> bandas está mostrada na figura<br />
21.1d, a banda <strong>de</strong> valência está cheia, como nos isolantes, entretanto, a separação<br />
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