fundamentos de fÃsica iii fundamentos de fÃsica iii - Departamento de ...
fundamentos de fÃsica iii fundamentos de fÃsica iii - Departamento de ...
fundamentos de fÃsica iii fundamentos de fÃsica iii - Departamento de ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Quanto à superfície horizontal “sh”, a corrente que a atravessa é nula, pois o<br />
movimento líquido <strong>de</strong> cargas é paralelo à superfície, ou perpendicular à seu vetor<br />
normal.<br />
Já a superfície sr’ é atravessada apenas por parte das cargas que<br />
atravessam “so” ou “sr”. Tanto em “sr” quanto em sr’ o movimento líquido das<br />
cargas é paralelo aos vetores normais das superfícies e a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cargas que<br />
as atravessam <strong>de</strong>vem ser proporcionais a suas áreas.<br />
No trecho EDCB o fluxo <strong>de</strong> elétrons é obrigado a atravessar seções retas<br />
com áreas diferentes. Embora a corrente seja a mesma em todas as seções retas<br />
do circuito, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cargas por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> área varia bastante, sendo<br />
muito maior no trecho DC do que em outros pontos do circuito.<br />
18.4 DENSIDADE DE CORRENTE ELÉTRICA<br />
A figura 18.4 mostra, esquematicamente, um trecho <strong>de</strong> um condutor, <strong>de</strong><br />
seção reta A, percorrido por uma corrente i. Se não houvesse campo elétrico no<br />
interior do condutor os elétrons da banda <strong>de</strong> condução teriam um movimento<br />
caótico, cuja velocida<strong>de</strong> média seria nula, apesar da velocida<strong>de</strong> quadrática média<br />
ser <strong>de</strong> aproximadamente 1600 km/s. Quando há um campo, os elétrons passam a<br />
ter, superposto a esse movimento caótico, um movimento em sentido contrário ao<br />
da corrente convencional. Ou seja, a velocida<strong>de</strong> média <strong>de</strong>sses elétrons <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser<br />
nula e assume um valor, que como veremos é muito menor que a velocida<strong>de</strong><br />
quadrática média dos elétrons, mas é a que está ligada ao valor da corrente. Esta<br />
velocida<strong>de</strong> média é <strong>de</strong>nominada velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arraste,<br />
v r a<br />
, e é representada na<br />
figura como se cada portador <strong>de</strong> carga tivesse apenas esse movimento, na mesma<br />
direção, mas em sentido contrário ao do campo.<br />
18.3.1 A CORRENTE ELÉTRICA CONVENCIONAL<br />
No interior <strong>de</strong> cada fio, com área da seção reta constante, o campo elétrico<br />
que se estabelece é uniforme e paralelo ao eixo do fio condutor, mesmo que este<br />
seja dobrado ou enrolado <strong>de</strong> alguma maneira arbitrária. O campo força as cargas<br />
positivas a se moverem em sua direção e sentido, enquanto as cargas negativas<br />
são forçadas a se moverem em sentido contrário ao do campo.<br />
Em um metal, sabemos que são elétrons os responsáveis pela condução<br />
elétrica; em um acelerador <strong>de</strong> partículas po<strong>de</strong>-se gerar um feixe <strong>de</strong> prótons, que<br />
constitui uma corrente elétrica; já em uma solução salina tanto íons positivos<br />
quanto negativos se <strong>de</strong>slocam, resultando na corrente total. É conveniente<br />
adotar uma corrente convencional, composta apenas por cargas positivas,<br />
em que as cargas negativas que se movem contra o campo são substituídas por<br />
cargas positivas movendo-se no sentido do campo. Sendo assim, na figura 18.3 a<br />
corrente convencional percorre o circuito externo no sentido ABCDEF enquanto os<br />
portadores <strong>de</strong> carga reais, os elétrons da banda <strong>de</strong> condução em cada condutor, se<br />
<strong>de</strong>slocam no sentido indicado pelas setas.<br />
Portanto, quando dizemos, por exemplo, que um fio metálico é percorrido<br />
por uma corrente em um sentido, sabemos que na realida<strong>de</strong> temos um fluxo <strong>de</strong><br />
elétrons no sentido contrário, mas que, para todos os efeitos que nos interessam<br />
aqui, se comporta como a corrente convencional.<br />
284<br />
Figura 18.4: Trecho <strong>de</strong> um condutor percorrido por uma corrente convencional, i, em que<br />
elétrons <strong>de</strong> condução são representados com sua velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arraste.<br />
Em um intervalo <strong>de</strong> tempo<br />
∆ t =<br />
L<br />
v a<br />
, todos os elétrons <strong>de</strong> condução no<br />
trecho <strong>de</strong> comprimento L , indicado na figura 18.4, irão atravessar a seção reta<br />
marcada com a letra A. Consi<strong>de</strong>rando que temos n portadores <strong>de</strong> carga por unida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> volume no condutor e que cada portador tem carga q , a corrente po<strong>de</strong> ser<br />
relacionada à velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arraste:<br />
∆ q n q L A<br />
i = = = n q va<br />
A<br />
(18.13)<br />
∆ t L v<br />
a<br />
Vemos que a corrente é proporcional à área da seção reta do fio. Dividindo a<br />
corrente por essa área temos a corrente por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> área que atravessa o fio.<br />
Essa gran<strong>de</strong>za representa o módulo do vetor <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corrente que se<br />
relaciona à corrente pela expressão:<br />
285