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2 8 2 ESTA D O C A PITA LISTA E IDEOLOGÍAS pero todos los casos teóricos lo son. Recordemos el caso característico de Rousseau, para quien “el hombre debe ser lo más independiente posible de todos los otros hombres y lo más dependiente posible del Estado”. El caso es aún más claro en el ejemplo clásico de los fisiócratas, ardientes partidarios del laissez-faire en lo económico, y partidarios igualmente ardientes del autoritarismo político, y que pedían manifiestamente el monarca absoluto que encarnase el interés y la voluntad generales. Todo esto es también característico de la ideología política liberal: 32 nada más ejemplar a este respecto que la influencia muy clara, y cuán desconocida, de Hobbes sobre Locke, sobre la corriente clásica del liberalismo político inglés que es el “utilitarismo”, sobre J. Bentham, J. Mili y sobre todo J. Stuart Mili. En resumen, para emplear dos términos igualmente ideológicos, el individualismo de la ideología política burguesa va a la par, y no tiene otro par, con su totalitarismo.33 Se trata de la contradicción propia del tipo mismo de ideología política burguesa —y no rl«* una de sus formas, la actual—, y que se debe al carácter particular de su función. Todo pasa, en efecto, como si esa ideología jurídico-política, que instauró el aislamiento específico que es la individualización, hubiera, al mismo tiempo, tomado los medios de una cohesión específica gracias al papel que atribuye a la instancia política. b . La ideología jurídico-política burguesa no contiene, en su propia estructura, límites de principio y de derecho a las intervenciones de la instancia política en lo económico o en lo ideológico. Es lo que se describe en general diciendo que esa ideología no reconoce fundamentalmente más que un solo plano de existencia, el 32. En este sentido, la obra capital de C. B. M acpherson: T h e Political Theory of possessive individualism, 1964. 33. A pesar de su línea teórica general y de sus conclusiones muy discutibles, véase en este sentido J . L . T alm on : Les origines de la dém ocratie totalitaire, 1966.
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