You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
suposta tarefa.<br />
“Não tenho me<strong>do</strong> de tráfico nem de traficante. Isso aqui foi uma puxada no tapete. Mas<br />
nós vamos reagir.” — O Globo, 25/11/95, sobre se eu não tinha me<strong>do</strong> de estar acusan<strong>do</strong><br />
os traficantes de terem nos “puxa<strong>do</strong> para dentro de uma guerra que não era nossa”.<br />
“A Fábrica não é autarquia <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, não está submissa ao governa<strong>do</strong>r. Afinal,<br />
vivemos num país livre, regi<strong>do</strong> por leis, e não numa tirania. Nada pode ser feito pelos<br />
governantes que não seja dentro da lei. É só à lei que eu me submeto.” — O Globo<br />
26/11/95<br />
“O governa<strong>do</strong>r está se esquecen<strong>do</strong> de que é nosso parceiro no projeto da Fábrica,<br />
através <strong>do</strong> Centro de Defesa da Cidadania, que funciona dentro da área da Fábrica.” —<br />
O Globo, 26/11/95<br />
“É coisa <strong>do</strong> diabo.” — O Dia, 26/11/ 95, responden<strong>do</strong> sobre de onde vinha tanto ódio<br />
de Marcello Alencar contra mim.<br />
“Isso é a coisa mais idiota. Ele que prove minha conivência com o tráfico. O<br />
governa<strong>do</strong>r não fala como estadista, mas como pessoa amargurada e raivosa.” — O Dia,<br />
26/11/95<br />
“Será que ele está enciuma<strong>do</strong> porque a Fábrica está dan<strong>do</strong> certo sem a tutela <strong>do</strong><br />
esta<strong>do</strong>?” — O Dia, 26/11/95<br />
“A tentativa dele de nos incriminar mostra que ele está mal-intenciona<strong>do</strong>. Eu o desafio<br />
a investigar a minha vida até mesmo com a ajuda da Interpol. Se for investigação limpa,<br />
sem armação, podem fazer até escuta no meu telefone.” — O Dia, 26/11/95<br />
“Se eu acusasse o bispo Mace<strong>do</strong>, estaria agin<strong>do</strong> como o governa<strong>do</strong>r Marcello Alencar,<br />
que condena antes mesmo de investigar.” — O Dia, 28/11/95, sobre uma possível conexão<br />
entre o ódio de Marcello e as influências da Universal.<br />
“O governa<strong>do</strong>r foi tão peremptório em seu julgamento, e já demonstrou que na sua<br />
opinião a direção da Fábrica é culpada, daí a nossa investigação particular.” — Jornal <strong>do</strong><br />
Brasil, 28/11/95, sobre o fato de termos cria<strong>do</strong> uma comissão de investigação paralela,<br />
formada pelo ex-delega<strong>do</strong> de Polícia Federal, Neemias Carvalho, o coronel reforma<strong>do</strong> da<br />
Polícia Militar, José da Costa Santos, e o juiz aposenta<strong>do</strong> José Gonçalo Rodrigues.<br />
“Estamos num país livre, onde a Constituição garante liberdade religiosa. Isso aqui<br />
não é o Irã, onde o soberano tem poderes absolutos.” — O Dia, 30/11/95, sobre o fato de<br />
que, por “ordens superiores”, o presidente <strong>do</strong> Instituto de Assistência aos Servi<strong>do</strong>res <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong>, cancelou a programação evangélica que eu realizaria naquele lugar.<br />
“Quan<strong>do</strong> eles falaram de ‘ordens superiores’, certamente não estavam se referin<strong>do</strong> a<br />
Deus, estavam?” — O Dia, 30/11/95, sobre a mesma questão <strong>do</strong> cancelamento <strong>do</strong> culto.<br />
“Poderíamos criar o Muro de Acari, uma versão carioca <strong>do</strong> Muro de Berlim, onde<br />
solda<strong>do</strong>s <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> arma<strong>do</strong>s metralhariam quem tentasse subir. Ou então, poderíamos nos<br />
tornar um CIEP (escola pública <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>), pois bem perto daqui tem um sem cerca, onde<br />
to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> entra e ninguém cobra nada <strong>do</strong> governo sobre quem é que pula lá dentro.” —<br />
Jornal <strong>do</strong> Brasil, 2/12/95, sobre a tentativa <strong>do</strong> governa<strong>do</strong>r de nos responsabilizar pela<br />
invasão da Fábrica.<br />
“Não posso transformar a Fábrica no Bunker da Esperança. O esta<strong>do</strong> que venha<br />
proteger o nosso muro.” — Jornal <strong>do</strong> Brasil, 2/12/95<br />
“Estão queren<strong>do</strong> inverter as responsabilidades. É a mesma coisa que pedir a Eduar<strong>do</strong><br />
Eugênio (que havia si<strong>do</strong> seqüestra<strong>do</strong>) garantias de que ele não será seqüestra<strong>do</strong><br />
novamente.” — Jornal <strong>do</strong> Brasil, 2/12/95<br />
Para piorar a situação, o prefeito César Maia entrou na briga a favor de seu pior<br />
inimigo político na cidade: o governa<strong>do</strong>r.