Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

O cortejo em que participavam a família e o monge,<br />
passavam pelo caminho entre as roças. Era um enterro simples<br />
de uma pessoa que vivera modestamente.<br />
O nome budista de Nobu era Shak-uni Myôshin. Não<br />
havia propriamente um oratório budista, mas no canto do<br />
quarto onde dormiam Nobu e Natsu, encontrava-se uma lápide<br />
de madeira sobre uma caixa de laranjas vazia, o sino e um<br />
incenso. Natsu estava sentada em frente, desolada. Parecia<br />
ter perdido a vontade de falar e de se movimentar.<br />
Na sala onde havia uma lareira, Kyûsaku, Kenta e Ine<br />
estavam brincando alegremente. Só Natsu parecia estar<br />
profundamente entristecida com a morte da avó, pensando<br />
no significado da vida de Nobu, que sempre vivera à sombra<br />
dos demais. A existência de Natsu, que dependia de Nobu,<br />
passaria a ser insignificante, mas continuaria a ser um estorvo.<br />
- Venham jantar! - Kane gritava com Kyûsaku e outros,<br />
quando a porta de correr foi puxada.<br />
Ine disse, espiando o quarto:<br />
-Natsu, venha jantar. Você não comeu nada desde que a<br />
vovó morreu. Desse jeito, você também vai morrer...<br />
Kane apareceu na porta empurrando Ine para o lado.<br />
- Se não quiser, não precisa comer obrigada. Mas, já que<br />
a vovó morreu, você, Natsu, vai ter que trabalhar por ela.<br />
Nossa família não é tão abastada a ponto de poder dar de<br />
comer aos outros. Você vai ter que trabalhar no campo para<br />
ganhar pelo menos o que come.<br />
Dizendo isso para Natsu, Kane levou Ine para perto da<br />
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