Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

- Aqui não deixa de ser um bom lugar para viver, desde que<br />
se saiba como fazê-lo.<br />
O fato de Kurita ter conquistado uma posição peculiar nesta<br />
fazenda, devia-se ao fato de ter aprendido rapidamente o idioma<br />
português. Nas fazendas onde não havia intérpretes de japonês,<br />
os j aponeses que sabiam falar as duas línguas recebiam tratamento<br />
privilegiado.<br />
Sentindo que isso poderia ser uma saída, Yozo abraçou Kiyo<br />
para tranqüilizá-la, pois ela não parava de chorar.<br />
Haru, Chûji, Heizo e os demais, caminharam pelo<br />
descampado por toda a noite, saindo finalmente da mata ao<br />
amanhecer, guiados pela alvorada. Quando atravessavam o rio a<br />
pé, em direção à capela, que era o ponto de encontro, Haru teve<br />
que se agarrar firmemente no braço de Chüji para não ser levada<br />
pela correnteza.<br />
Enquanto os humanos arriscavam as respectivas vidas na fuga,<br />
os animais da floresta viviam tranqüilamente nos seus respectivos<br />
habitats.<br />
Ao chegarem em frente à capela, apareceu um caminhão que<br />
aguardava pelos fugitivos.<br />
Heizo virou-se para Chûji e os outros:<br />
- Estavam à nossa espera, conforme prometido. Sr.<br />
Takakura, o senhor irá com sua família, naquele caminhão, até o<br />
seu destino final. Nós os acompanharemos até uma certa estação<br />
de onde tomaremos o trem que nos levará a Santos.<br />
Chûji, Haru e Shizu olharam o caminhão em silêncio. Um<br />
estranho estava no volante. Se fossem acreditar em Heizo, teriam<br />
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