Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

Não temos notícias de você, Natsu, e nem dos<br />
tios de Hokkaido. Mesmo assim, estou escrevendo<br />
porque acredito que a carta chegará em suas mãos,<br />
como sempre. Estou ansiosa pelo nosso reencontro.<br />
I o . de outubro de 1941.<br />
De Haru,<br />
Para Natsu."<br />
Lendo as cartas na sua casa em Tóquio, Natsu murmurava<br />
inconscientemente:<br />
- Faltava dois meses para começar a guerra com os Estados<br />
Unidos... Mesmo que tivessem dinheiro, não deviam ter<br />
conseguido voltar para o Japão.<br />
Enquanto lia as cartas de Haru, esquecera-se da hora de<br />
dormir. Já era quase de manhã.<br />
No interior de São Paulo, no Brasil, era dezembro, mês em<br />
que os brotos novos de algodão começavam a nascer na<br />
plantação de algodão de Haru e sua família.<br />
De repente, Shizu saiu às pressas de casa e gritou, correndo<br />
para a lavoura.<br />
- Meu bem! Haru! Chegou uma carta de Minoru!<br />
Chüji se levantou do algodoal e correu rapidamente ao<br />
encontro de Shizu. Abriu às pressas a carta que Shizu lhe entregara<br />
e começou a ler.<br />
-Haru! Haru!<br />
Com o vozeirão do Chûji, Haru, que cuidava da plantação<br />
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