Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

que carpissem, voltavam logo a crescer.<br />
Comparada à vitalidade de crescimento das ervas<br />
daninhas, Chûji, Shizu e outros movimentavam a enxada sem<br />
forças, totalmente desanimados.<br />
Após o término do trabalho do dia, não havia mais sorrisos<br />
na familia Takakura, nem mesmo pelo fato de voltarem para<br />
casa.<br />
Mesmo cansada, Haru falou com Shizu, que estava<br />
preparando o jantar:<br />
- Mãe, eu vou até a estação onde fica a fazenda cujo<br />
endereço recebemos no Japão, para ver se chegou alguma<br />
carta de Natsu.<br />
- Mas essa estação fica longe, e nem sabemos se chegou<br />
alguma carta ou não...<br />
- Mas, mesmo assim, vou até lá.<br />
-Não faça isso!<br />
Com a resposta severa de Shizu, aliás incomum, Haru<br />
ficou desolada e saiu de casa para o quintal.<br />
- Haru, eu vou com você!<br />
Era Kiyo. Os olhos de Haru se iluminaram e balançou a<br />
cabeça em sinal de anuência.<br />
Haru e Kiyo caminharam sobre os trilhos que pareciam<br />
não ter fim. Num país estranho onde não se conhecia nem a<br />
língua e nem a geografia, a estrada de ferro era o melhor<br />
guia.<br />
"Avante compatriotas cruzando os oceanos...<br />
Viva! Viva! Muitas vivas!"...<br />
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