Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

- De repente, ficamos em apenas três pessoas, eu e meus<br />
pais, para irmos a uma terra desconhecida. Nunca me senti tão<br />
desprotegida como daquela vez.<br />
As imagens daquela ocasião ainda podiam ser reproduzidas<br />
vivamente nos seus olhos.<br />
- Mas... - continuava Haru, sem demonstrar cansaço.<br />
- Este lugar novo era diferente da fazenda anterior, onde<br />
éramos contratados como colonos. Desta vez, arrendaríamos a<br />
terra de um proprietário americano, e nós mesmos desbravaríamos<br />
e prepararíamos a nossa lavoura.<br />
- Os j aponeses que ali moravam, prepararam a nossa primeira<br />
moradia, apesar de ser uma pequena cabana. Já havia desde<br />
cama, roupas, utensílios de cozinha e até alimentos. Como nós<br />
nos sentimos gratos por tudo aquilo...<br />
- Depois que a lavoura ficou pronta, logo em seguida<br />
plantamos algodão... Não tínhamos tempo para ficarmos tristes...<br />
O algodoeiro cresceu, gerou frutos, e quando estes se abriram, a<br />
vasta plantação de algodão ficou branca. Pareciam flores que<br />
haviam desabrochado de uma só vez. Aquela alegria foi<br />
inesquecível.<br />
Na propriedade do americano para onde Haru e sua família<br />
foram levados, havia muitos japoneses, a ponto de poderem<br />
fundar uma vila de japoneses. Todos viviam da agricultura.<br />
A família Takakura conseguira arrendar imediatamente uma<br />
gleba de terra, e já pudera iniciar o preparo da lavoura logo no<br />
dia seguinte. Apesar de chamarem de terra, era, na realidade,<br />
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