Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

mata virgem. Iniciaram com a derrubada de árvores enormes e<br />
altas, cujo diâmetro era tal que os braços de um adulto não<br />
conseguiam envolvê-las.<br />
Muitos japoneses, com machados nas mãos, ajudaram Chûji<br />
na derrubada.<br />
Depois da derrubada, realizavam a queimada, que consistia<br />
em atear fogo nas árvores e galhos caídos. Depois do fogo<br />
apagado, a terra coberta de cinzas se tornaria a lavoura de Haru<br />
e sua família.<br />
Em 1935, Chûji semeara algodão na lavoura recém<br />
desbravada.<br />
Na década de 1930, verificou-se uma tendência notável no<br />
crescimento do número de imigrantes japoneses que plantavam<br />
algodão. A principal causa era a crise cafeeira no Brasil, que se<br />
prolongava por muitos anos.<br />
Ao verificarmos o volume de colheita de algodão dos<br />
japoneses no estado de São Paulo, em 1933, era possível<br />
constatar apenas 10% da produção total do estado.<br />
Surpreendentemente, porém, o número havia saltado para 50%<br />
em 1935.<br />
A cultura de algodão teve um grande desempenho na<br />
reestruturação econômica de muitos japoneses que foram<br />
obrigados a fugir no meio da noite, como a família Takakura, ou<br />
que estavam sujeitos à uma vida semelhante à de escravos.<br />
A família Takakura também não era exceção, e no terceiro<br />
ano de estadia no Brasil, os frutos do algodão que haviam<br />
plantado, estouraram de uma só vez. Parecia um campo de flores<br />
- 199 -