Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

em me tornar brasileiro. Quero continuar japonês, e mostrar aos<br />
brasileiros como o japonês é valente e forte. Quero aumentar o<br />
prestígio do Japão.<br />
Ainda que os objetivos buscados fossem diferentes, todos<br />
eram imigrantes que se encontravam no mesmo ponto de<br />
partida. Todos estavam em pé de igualdade, na medida em<br />
que, até o desembarque no porto de Santos, ninguém sabia<br />
em que fazenda iria trabalhar.<br />
Apenas a família Takakura se constituía exceção.<br />
- Parece que você Takakura, já sabe para onde vai.<br />
- Sim. É que tivemos que deixar uma filha com tracoma<br />
no Japão. Por isso, pedi ao encarregado que me dissesse pelo<br />
menos o nosso endereço para deixar com ela. O encarregado<br />
escreveu às escondidas o nosso provável endereço, e eu o<br />
entreguei para a minha filha. Acho que é para lá que nós<br />
vamos.<br />
Shozo se dirigiu a Chûji:<br />
- O dono da fazenda é brasileiro?<br />
- Parece que sim.<br />
- Parece haver diferenças de tratamento, dependendo da<br />
fazenda para onde são enviados os imigrantes.<br />
Shozo Nakayama havia obtido algumas informações com<br />
seu tio.<br />
Em primeiro lugar, os trabalhadores contratados, como<br />
os imigrantes, eram denominados "colonos",<br />
independentemente de serem japoneses ou não. As plantações<br />
de café eram denominadas fazendas e nas grandes fazendas,<br />
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