Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

- Você também, Shizu.<br />
Haru estendeu o dedinho para Takuya, para fazer a promessa<br />
de reencontro.<br />
- Talvez não consigamos nos encontrar de novo nessa vida.<br />
Entretanto, jamais esquecerei de você, Takuya. Não quero me<br />
esquecer. Por isso escreverei cartas. E quero receber suas cartas.<br />
Promete?<br />
Haru e Takuya trocaram cumprimentos de despedida,<br />
entrelaçando os dedinhos, em sinal de promessa.<br />
Deixaram a família Yamashita e Minoru na estação, onde<br />
embarcariam num trem. O caminhão com Haru, Chûji e Shizu,<br />
reiniciou a jornada. Os membros da família Yamashita, ao se<br />
despedirem do caminhão, acenaram as mãos com vigor.<br />
Minoru deu dois ou três passos para a frente, como quem<br />
quisesse retardar a despedida.<br />
- Mano!! Diga à Natsu que voltaremos com certeza! - gritou<br />
Haru, acenando com a mão.<br />
No hotel em Tóquio, Yamato ouvia atentamente a história<br />
contada por Haru. Parecia um romance de aventura, mas fora<br />
uma experiência concreta de sua avó.<br />
Quando a família de Haru imigrara para o Brasil, eram oito<br />
pessoas. Natsu fora deixada em Kobe e Shigeru morrera na<br />
fazenda para onde tinham sido enviados. Yozo e Kiyo se<br />
sacrificaram para que os demais pudessem fugir, e Minoru seguira<br />
sozinho para o porto de Santos.<br />
Apenas Haru, Chûji e Shizu iriam para esta nova fazenda.<br />
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