Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

- Foi tudo muito de repente e não pudemos preparar nada<br />
melhor. As pessoas da vila trouxeram os apetrechos necessários,<br />
tais como roupa de cama e outras coisas mais. Se precisarem de<br />
alguma outra coisa, não façam cerimônia. Faremos o possível<br />
para atendê-los.<br />
- Quanta preocupação... Fazem tudo isso por nós sem nos<br />
conhecer... - Shizu se curvou agradecendo.<br />
Ryuta, abrindo um sorriso afetuoso, disse:<br />
- Nós também fomos ajudados quando precisamos. No<br />
Brasil, os japoneses precisam se ajudar uns aos outros. Esta vila<br />
surgiu desta forma.<br />
- Muito obrigada. - Shizu agradeceu, curvando-se várias<br />
vezes.<br />
- Bom, primeiramente, gostaria de avisar algumas coisas.<br />
O sorriso de Ryuta desapareceu, sendo substituído por um<br />
semblante sério e enrijecido.<br />
- Dentro de casa podem conversar em japonês, mas, uma<br />
vez fora, falem o mais que puderem em português. Isto por causa<br />
da fiscalização da polícia brasileira...<br />
Chûji olhou incrédulo.<br />
- Como o Brasil é aliado dos Estados Unidos, estão<br />
começando a pressionar os japoneses. É melhor não ouvir<br />
abertamente as transmissões de noticiários em japonês pelo rádio,<br />
pois estão atentos se não estamos em contato com informações<br />
que lhes são inconvenientes. É melhor não provocarmos muito<br />
os brasileiros nessas horas... Não há outra saída, a não ser<br />
obedecermos as regras até o término da guerra. Se criarmos<br />
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