Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

Entretanto, no Brasil, tornaram-se colonos ou, em outras<br />
palavras, agricultores contratados. No caso da família Takakura,<br />
depois de terem sido colonos, tornaram-se arrendatários que<br />
pagavam pela terra arrendada ao proprietário americano e, tendo<br />
passado sete anos, finalmente conseguiram obter a sua própria<br />
terra.<br />
Terminada a derrubada de árvores, enquanto Chûji, Shizu e<br />
Haru limpavam o resto da queimada, um japonês da vila passou<br />
pela estrada próxima.<br />
- Estão se esforçando, hein? - falou em português.<br />
Quando Chûji levantou a cabeça para reclamar em japonês,<br />
Shizu segurou rapidamente o marido, e retribuiu os cumprimentos<br />
com sorriso.<br />
- Quando a lavoura ficar pronta, o que vão plantar?<br />
O homem tentava puxar conversa de forma amistosa, mas<br />
Shizu só conseguia responder negativamente, com a cabeça.<br />
Depois que o homem se foi, Shizu chamou atenção de Chûji,<br />
em voz baixa:<br />
- Não fale japonês! Não sabemos quem pode estar nos<br />
ouvindo.<br />
Chûji, todo rabugento, falou em voz alta, de propósito:<br />
- O que tem de errado em um japonês falar sua língua?<br />
- Pai... - não se contendo, Haru gritou.<br />
No final da tarde deste mesmo dia, Haru esperava, após o<br />
seu trabalho, Ryuta retornar dos seus afazeres, perto da residência<br />
da família Nakayama.<br />
- Tenho um pedido a fazer.<br />
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