Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

meus pais. Os colegas de vovô Toku me ajudam<br />
bastante."<br />
Natsu cuidou das vacas com afinco. Limpava o estábulo,<br />
levava-as para o pasto para alimentá-las com capim, e assim,<br />
todos os dias eram cheios de tarefas. O calor do corpo e os<br />
olhos dóceis das vacas traziam harmonia para Natsu.<br />
A noite, trancava-se na cabana de fabricação de queijos,<br />
dedicando-se à produção, cujo método fora ensinado por Tokuji.<br />
Dia após dia, a alegria voltava para o rosto de Natsu.<br />
A janela do hotel estava ficando branco-transparente,<br />
recebendo a luz tênue do amanhecer.<br />
Haru, que lia as cartas de Natsu, falou para Yamato,<br />
conferindo as chancelas sobre os selos contidos nos envelopes:<br />
- Faltam cartas durante vários anos, depois dessa carta.<br />
- A dona Natsu estava com uns 10 anos de idade, nessa<br />
época, não é? Imagine uma criança dessa idade, que criava vacas,<br />
ordenhando-as e fazendo queijos. Não havia tempo para escrever<br />
cartas.<br />
- Naquela época, as crianças também trabalhavam muito.<br />
Era normal trabalharmos, e não encarávamos isso como<br />
sofrimento. Natsu conseguira algo mais importante que nós.<br />
Proteger as vacas e os queijos do vovô Toku tornara-se mais<br />
importante para ela. Talvez essa tivesse sido a época mais feliz.<br />
Por isso, podia viver, mesmo sem escrever cartas.<br />
- Já vai amanhecer. Deite-se um pouquinho...<br />
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