12.04.2013 Views

Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

em português:<<strong>br</strong> />

- Era meu sonho fazer você estudar no Japão.<<strong>br</strong> />

Setenta anos de Brasil não puderam impedir a influência<<strong>br</strong> />

da cultura <strong>br</strong>asileira na vida cotidiana. Era natural que os<<strong>br</strong> />

filhos e netos de <strong>Haru</strong>, que nasceram e cresceram no Brasil,<<strong>br</strong> />

se integrassem à maneira de ser <strong>br</strong>asileira, não só em termos<<strong>br</strong> />

de língua, <strong>com</strong>o também nos usos e costumes e até mesmo<<strong>br</strong> />

na maneira de pensar. Apesar disso, <strong>Haru</strong> sempre se<<strong>br</strong> />

considerara japonesa.<<strong>br</strong> />

- Queria que pelo menos um dos meus descendentes,<<strong>br</strong> />

sangue do meu sangue, vivesse <strong>com</strong> orgulho <strong>com</strong>o japonês.<<strong>br</strong> />

Por isso, eu o trouxe para o Japão. Mas não procurei minha<<strong>br</strong> />

irmã para que ela pagasse seus estudos. Procurei-a porque<<strong>br</strong> />

tenho uma coisa que precisava lhe contar, de todo jeito...<<strong>br</strong> />

Enquanto não desaparecesse o ressentimento e o ódio de<<strong>br</strong> />

<strong>Natsu</strong> por <strong>Haru</strong>, que surgira e se enraizara dentro dela, desde<<strong>br</strong> />

a infância, a infelicidade de <strong>Natsu</strong>, guardada no fundo do<<strong>br</strong> />

coração persistiria. Apesar de ser a presidente de uma grande<<strong>br</strong> />

empresa e viver de forma luxuosa, a dureza de sua atitude<<strong>br</strong> />

demonstrava a profundidade da ferida existente.<<strong>br</strong> />

- A ferida do coração não desapareceu, ainda que tenha<<strong>br</strong> />

se tornado rica. Talvez seja tarde demais, mas queria lhe contar<<strong>br</strong> />

a minha história antes que eu venha a morrer. Se, <strong>com</strong> isso,<<strong>br</strong> />

desaparecer o ressentimento e o ódio dela por nós, talvez<<strong>br</strong> />

pudesse tranqüilizá-la. Eu também ficaria tanqüila. Não posso<<strong>br</strong> />

morrer desse jeito, tendo-a machucado tanto.<<strong>br</strong> />

- Não sei o que a senhora tem para dizer, mas eu acho<<strong>br</strong> />

- 18 -

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!