Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

fitando a escuridão do quarto com as luzes apagadas.<br />
No dia seguinte, os trabalhos de capinação continuavam na<br />
fazenda, sob o sol escaldante. Um capataz armado passava<br />
montado a cavalo, vigiando o trabalho dos colonos.<br />
Heizo se aproximou discretamente de Chûji que, calado,<br />
puxava a enxada. Parecia querer falar de amenidades.<br />
- Decidi que vamos fugir amanhã à noite. É repentino, mas é<br />
devido à conveniência da pessoa que vem nos buscar... Compre<br />
bastante comida, alimente-se bem para ter força física suficiente...<br />
- Quanto ao Minoru...<br />
- Estou ciente. Cuidarei dele e o levarei até Santos. É possível<br />
que tenha alguma sorte por lá.<br />
- Lamento o incômodo e agradeço-lhe a gentileza. - Shizu<br />
abaixou a cabeça em sinal de agradecimento, e a seu lado, Minoru<br />
também tirou o chapéu, demonstrando sua gratidão.<br />
-Até mais...<br />
Enquanto Heizo se afastava, Chûji observou discretamente<br />
os arredores.<br />
Ao entardecer, a família de Haru resolvera visitar o cemitério<br />
comunitário. Shizu trouxera como oferenda um bolinho de arroz<br />
branco para o túmulo de Shigeru.<br />
- Shigeru, hoje à noite cozinhei arroz branco. Você queria<br />
tanto comer arroz branco, mas não pudemos servir em vida.<br />
Desculpe.<br />
A voz de Shizu se embargou, enquanto se dirigia à Shigeru<br />
em oração.<br />
Se havia algo que prendia os sentimentos de Haru nesta<br />
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