Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

Poderia retribuir, ainda que fosse o mínimo, para o Brasil.<br />
- O algodão que semeamos... Que cresçam fortes e tenham<br />
muitos frutos. - disse Haru, em prantos, aos brotos de algodão,<br />
despedindo-se da lavoura.<br />
O trem percorria a planície brasileira, lotado de famílias<br />
japonesas que haviam sido expulsas pelo proprietário americano.<br />
Chüji, Shizu, Haru, e também a família Kitagawa, estavam<br />
todos calados, no limite do esgotamento, tanto físico quanto<br />
psicológico.<br />
O trem parou numa certa estação. A família Kitagawa e outras<br />
desembarcaram. Estavam todos com a aparência séria de quem<br />
enfrentaria grandes dificuldades.<br />
- Vamos ficar todos separados...<br />
Shizu sentia-se desamparada pela separação dos<br />
companheiros que haviam conhecido e ajudado mutuamente.<br />
- Vamos nos encontrar quando terminar a guerra.<br />
Esperaremos ansiosamente!<br />
Kitagawa concordou, balançando a cabeça com firmeza ao<br />
encorajamento de Chûji.<br />
- Cuidem da saúde!!<br />
O trem começou a andar devagar. Chûji e a família acenavam<br />
para Kitagawa, com o corpo para fora da janela do trem em<br />
andamento.<br />
O trem começou a aumentar a velocidade.<br />
Haru desviou o olhar da janela, de onde se via a vastidão da<br />
planície.<br />
- Estamos em número cada vez menor... Todos ficaram sem<br />
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