12.04.2013 Views

Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

não é mesmo? Mas agora, você pode descansar. Não precisa<<strong>br</strong> />

mais trabalhar... Não precisa, também, <strong>com</strong>er coisas que não<<strong>br</strong> />

gosta. De agora em diante, faça livremente o que quiser.<<strong>br</strong> />

Descanse... Seja feliz no paraíso. - <strong>Haru</strong> falou soluçando.<<strong>br</strong> />

Shizu também chorava em silêncio.<<strong>br</strong> />

De repente, Kiyo, <strong>com</strong> a paciência esgotada, <strong>com</strong>eçou a<<strong>br</strong> />

chorar e a gritar descontrolada:<<strong>br</strong> />

- Chega! Se ficarmos aqui, vai ser a ruína de todos! Quero<<strong>br</strong> />

voltar para o Japão! Quero, não. Vou voltar!<<strong>br</strong> />

-Kiyo...!?<<strong>br</strong> />

- Que esperanças podemos ter neste lugar? Quantos anos<<strong>br</strong> />

dessa vida miserável teremos que viver para poder enxergar<<strong>br</strong> />

o futuro? Eu não quero! Não quero ficar aqui nem mais um<<strong>br</strong> />

dia!<<strong>br</strong> />

Diziam que o sofrimento do colono japonês ultrapassava<<strong>br</strong> />

o limite da paciência quando algum parente, descendente ou<<strong>br</strong> />

cônjuge falecia. Quando a morte vinha pela providência divina<<strong>br</strong> />

ou pelas regras da natureza, ainda era possível se conformar.<<strong>br</strong> />

O inconformismo chegava ao auge quando se desperdiçava<<strong>br</strong> />

uma vida que poderia ter sido salva, se tivessem levado o<<strong>br</strong> />

doente ao médico, ou tivessem-no tratado <strong>com</strong> uma<<strong>br</strong> />

alimentação nutritiva. Era exatamente o caso de Shigeru.<<strong>br</strong> />

Heizo se levantou, cambaleando <strong>com</strong>o um espírito<<strong>br</strong> />

perdido.<<strong>br</strong> />

- O tratamento dispensado aos colonos neste lugar é muito<<strong>br</strong> />

desumano. Se permanecermos aqui, estaremos presos às<<strong>br</strong> />

dividas e vamos ter que trabalhar <strong>com</strong>o escravos a vida inteira.<<strong>br</strong> />

- 167 -

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!