Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

sentira-se abandonada. Por mais que Haru se preocupasse com<br />
a irmã, os seus sentimentos não haviam chegado a ela.<br />
Além disso, pensara de que forma ela teria vivido em<br />
Hokkaido, se a tia lhe dera comida e se não teria sido judiada<br />
por Kyûsaku e demais primos.<br />
- Como será que ela viveu nesses 70 anos? Não sei de<br />
nada! Natsu, igualmente, não sabe nada de nós! Ela não sabe<br />
que eu queria encontrá-la o mais rápido possível, que trabalhei<br />
arduamente pensando somente em voltar para buscá-la, que<br />
tive motivos para não poder cumprir a promessa de voltar<br />
em três anos. Ela não tem culpa em achar que foi abandonada.<br />
E acho que ela não vai acreditar, mesmo que eu conte tudo<br />
agora... Tenho que me conformar. Afinal, acho que essa era<br />
a nossa sina.<br />
Haru estava tão abatida que dava pena. Para Natsu, a<br />
realidade era uma só. As promessas não tinham sido<br />
cumpridas.<br />
- Mas, vovó, onde foram parar as cartas que a senhora<br />
escreveu? Se a dona Natsu tivesse lido suas cartas, ela teria<br />
entendido...<br />
- Deixe... Vamos esquecer... Natsu agora é presidente de<br />
uma grande empresa. Saber disso já me conforta e acho que<br />
valeu a pena ter vindo ao Japão. O que importa é que ela está<br />
feliz agora.<br />
- Como é triste essa história toda... Ela é a sua única<br />
irmã...<br />
- O que tinha que ser feito, fizemos. Estou com a<br />
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