Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

-Não é preciso agradecer. Como japonês, é natural ajudar<br />
um patrício em dificuldades. Principalmente porque o sr.<br />
Takakura veio para cá contando com o meu pai. Nós também<br />
somos responsáveis...<br />
Haru ficava aflita, mas Ryuta parecia não ter se aborrecido,<br />
pois sorria abertamente.<br />
- Depois desta, ele precisa aprender a falar português,<br />
não é?<br />
- Ele fica teimando que não precisa porque é japonês...<br />
Haru e Shizu ficaram sem saber o que fazer, e se viram<br />
para casa, onde Chûji acabara de entrar.<br />
- Ele precisa descansar bastante. A cadeia está<br />
superlotada, pois a cada dia aumenta o número de pessoas<br />
que são presas porque estavam ouvindo transmissões em<br />
japonês pelo rádio, estavam jantando em grupo, ignorando a<br />
proibição de reuniões de japoneses, falar em japonês, e outros<br />
motivos. Ele deve estar muito cansado... Então, vou indo...<br />
- Desculpe-me por não lhe oferecer nada... - lamentava<br />
Shizu profundamente, abaixando de novo a cabeça.<br />
- Eu a espero à noite. - disse Ryuta para Haru, enquanto<br />
ligava o motor do caminhão.<br />
Dentro de casa, Chûji pegou a garrafa de pinga.<br />
- Ainda bem que você saiu em 10 dias. Foi graças ao sr.<br />
Nakayama! - Shizu censurava-lhe a falta de educação.<br />
Chûji estava literalmente mal-humorado.<br />
- Não pedi para ele fazer isso! Não fico nada feliz nem<br />
agradecido por ter saído da cadeia, abaixando a cabeça na<br />
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