Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

idicularizando a figura de Haru, que alegava ser a irmã da<br />
presidente com tanta seriedade.<br />
Não sentiu, contudo, a reação da própria presidente. Como<br />
estava de costas para a luz que entrava pela janela, a<br />
fisionomia de Natsu estava na penumbra, mas podia sentirse<br />
nela uma atmosfera severa.<br />
O secretário mudou de atitude e anunciou, educadamente,<br />
a presença do representante do banco.<br />
Haru e Yamato, depois de sair do saguão da Indústria de<br />
Doces Hokuô como se tivessem sido expulsos, estavam no<br />
subsolo do prédio onde ficava o estacionamento. Em algumas<br />
das vagas estava escrito o nome da empresa Hokuô e havia<br />
um automóvel de luxo estacionado.<br />
- É perda de tempo. Estão dizendo claramente que é um<br />
equívoco. Acho que nós acabamos nos enganando em algum<br />
lugar. Fizemos tudo o que foi possível. Vamos desistir, vó...<br />
- Não posso desistir. Aconteça o que acontecer, tenho<br />
que contar algo à Natsu antes de morrer. Foi para isso que<br />
voltei ao Japão. Enfim, pude voltar... Encontrando-me com<br />
ela, poderei confirmar se é a Natsu ou não. Só me convencerei<br />
se a vir com meus próprios olhos. Não consigo desistir assim.<br />
Esta era a última aposta de Haru. Se ela fosse a presidente<br />
da Indústria de Doces Hokuô, iria para casa no automóvel<br />
presidencial ali estacionado. Se ficasse ali, com certeza,<br />
poderia encontrar-se com Natsu. Seria possível certificar se<br />
se tratava de sua irmã. Aguardar por Natsu naquele lugar era<br />
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