Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

Numa colina da vila dos japoneses, Haru passava<br />
momentos de descanso após o almoço junto com Ryuta. Eram<br />
momentos de singela felicidade.<br />
Ryuta falava dos seus sonhos futuros com brilho nos olhos<br />
e o coração de Haru palpitava de felicidade, ouvindo falar de<br />
sonhos que eram como se fossem os seus.<br />
Aos 20 anos, era a primeira vez que Haru sentia a<br />
juventude desabrochando.<br />
- Mas com papai, foi diferente. Ele não queria aceitar, de<br />
forma nenhuma, a derrota do Japão. Na época, apareceram<br />
no Brasil muitos boatos de que teriam ouvido no rádio de<br />
que o Japão havia vencido a guerra, e apareceram fotos e<br />
folhetos que mostravam a vitória do Japão. Muitas pessoas<br />
acreditaram nesses boatos e, assim, elas passaram a ser<br />
conhecidas como 'kachigumi'.<br />
Com o término da guerra, o confronto ideológico entre<br />
os japoneses havia se agravado ainda mais.<br />
Os que não aceitavam a derrota do Japão, acreditando na<br />
sua vitória, eram chamados de kachigumi, que significava os<br />
adeptos da vitória.<br />
Em contrapartida, as pessoas que aceitavam a derrota eram<br />
chamadas de makegumi, pois, reconheciam a situação<br />
verdadeira dos fatos.<br />
Numa certa sala, reunia-se um grupo de kachigumi, dentre<br />
os quais se encontrava Chûji. Estavam a ouvir o rádio, quando<br />
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