Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

fundos da casa. Não havia hesitação na atitude de Natsu, pois<br />
ela havia planejado tudo.<br />
Ao sair do bosque, passou pela margem do rio cheio de<br />
pedregulhos, um lugar difícil de caminhar. Ao correr por<br />
algum tempo, sua respiração começou a ficar ofegante, mas<br />
ela não diminuiu os passos. Carregando firme a trouxinha,<br />
continuou correndo com todas as suas forças. Quando a<br />
paisagem mudou, percebeu que chegara na vila. Finalmente<br />
parou em frente a um prédio, onde funcionava o correio.<br />
-Por favor...<br />
Natsu colocou sobre o balcão a carta endereçada ao Brasil<br />
para Haru e a entregou para o encarregado, juntamente com<br />
a moeda de prata de 50 sen que tinha tirado do bolso. Quando<br />
ele pegou a carta, Natsu deu um grande suspiro, como se<br />
tivesse alcançado um objetivo muito importante.<br />
Ao sair do correio, Natsu seguiu para a estação. Havia<br />
algumas pessoas na sala de espera e na plataforma. Era uma<br />
vila pequena e não queria ser vista por conhecidos. Natsu<br />
demonstrava uma leve hesitação. Ouvia-se o apito do trem,<br />
que se aproximava. Natsu criou coragem e caminhou para a<br />
plataforma.<br />
O aquecedor a carvão de pedra estava aceso, e devido ao<br />
cansaço e calor, Natsu ficou sonolenta e acabou dormindo,<br />
acalentada pelo balançar agradável do trem que corria pelos<br />
trilhos. Natsu despertou com a voz do cobrador. Ao virar-se<br />
para trás, viu um policial junto com o cobrador, na entrada<br />
do vagão. Provavelmente estavam verificando os bilhetes.<br />
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