Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

Haru.<br />
- É, já se passaram sete anos...<br />
Ao pensar em Natsu, Shizu sentia um aperto no coração.<br />
Não querendo estragar o clima de alegria proporcionado pela<br />
carta de Minoru, Chûji encorajou Haru e Shizu.<br />
- De qualquer forma, colhendo algodão no ano que vem,<br />
conseguiremos, pelo menos, dinheiro para comprar as passagens<br />
de navio de volta para o Japão. Voltando, saberemos de tudo.<br />
Até lá, não adianta se preocupar com isso ou aquilo, estando no<br />
Brasil. Devemos ser gratos, ao menos pelo fato do Minoru ter se<br />
tornado militar no Japão...<br />
- Se todos esses pés de algodão crescerem sem problemas,<br />
poderemos voltar para o Japão sem falta no ano que vem. Desta<br />
vez voltaremos de verdade, não é? - Haru falava, como se quisesse<br />
convencer a si mesma.<br />
- Ao pensar que temos que deixar essa lavoura, que foi<br />
marcada com nosso suor desde que a desbravamos, sinto pena,<br />
mas não viemos para ficar para sempre. Quando chegar a hora<br />
de voltar, voltaremos. Natsu nos espera e Minoru também.<br />
Com uma certa tristeza, Shizu olhou para a plantação de<br />
algodão, que estava verde, pois acabara de brotar.<br />
- Os j aponeses devem voltar para o Japão e viver orgulhosos<br />
de serem japoneses.<br />
Enquanto Chûji falava em tom de conselho, um companheiro<br />
da mesma vila aproximou-se, chamando o seu nome. Ele<br />
aparentava estar na mesma faixa etária de Chûji.<br />
- Sr. Takakura!<br />
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