Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

o trabalho.<br />
- O hotel fica logo ali. Basta procurar pelo Capitão de Fragata<br />
Unno. Estarei à sua espera.<br />
Passados alguns dias, Minora foi, numa tarde, ainda incrédulo,<br />
ao saguão do Hotel Santos. Usava uma camisa de algodão, puída<br />
porém limpa. Era um rapaz de 16 anos, cheio de vida.<br />
Atendendo à voz de Minoru, que perguntava pelo<br />
Comandante Unno na recepção, levantou-se do sofá um cavalheiro<br />
que lia um jornal japonês. Unno aguardava Minoru, conforme<br />
havia prometido.<br />
O carro que levava o Comandante Unno e Minoru, parou<br />
numa praia, tendo percorrido a costa litorânea por algum tempo.<br />
- O Japão encontra-se numa situação de emergência. Como<br />
japonês não se sente envergonhado de trabalhar nesta terra<br />
estrangeira, além de ser explorado e receber ordens aos gritos<br />
de um brasileiro?<br />
Minoru respondeu com sinceridade o questionamento<br />
rigoroso de Unno:<br />
- Sim. Eu também gostaria de me tornar alguém útil para a<br />
minha Pátria, o Japão. Mas não tenho nem como voltar...<br />
- Se você realmente tem essa vontade, posso tomar<br />
providências para que regresse ao Japão. Basta arranjar trabalho<br />
num navio que esteja levando carga para a Marinha Imperial<br />
Japonesa.<br />
Minora olhou assustado para Unno. Conhecera-o apenas há<br />
alguns dias, e a demonstração de boa vontade de Unno o<br />
espantara.<br />
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