Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

criação dos netos com muito amor e carinho.<br />
- Enquanto o papai estava vivo, ele dizia que iria criar os<br />
meninos à moda japonesa, e nesse ponto era muito rigoroso.<br />
Haru tinha saudade do pai, que até o último momento se<br />
comportara como um típico japonês.<br />
- Não posso me esquecer daquele dia.<br />
Era primavera de 1959.<br />
Num canto da Flora Takakura, encontrava-se uma grande<br />
flor de crisântemo, símbolo e flor nacional do Japão.<br />
Chüji e os dois netos contemplavam o maravilhoso<br />
crisântemo em flor. O filho primogênito de Haru, Tatsuo, já<br />
tinha seis anos e Kunio, o segundo filho, futuro pai de Yamato,<br />
tinha quatro anos.<br />
- Veja! Os crisântemos não estão lindos? - disse Haru,<br />
que viera correndo da plantação de algodão para poder<br />
vangloriar o trabalho de Takuya para Chûji.<br />
- É mesmo! Que saudades! Nunca imaginei que pudesse<br />
ver crisântemos no Brasil. São, realmente, as flores que<br />
representam o Japão.<br />
- Ainda há poucas pessoas que plantam crisântemos no<br />
Brasil, não é mesmo? Tudo isto é resultado do esforço de<br />
Takuya. Diziam que era difícil cultivar crisântemos no interior<br />
do país, mas Takuya quis plantá-los de todo jeito. Ele havia<br />
pesquisado sobre isso na universidade. São crisântemos<br />
florescidos no Brasil.<br />
- Takuya é um rapaz fabuloso...<br />
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