Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

se lá quanto vai sobrar. Não é por isso que podemos nos dar<br />
ao luxo de fazer extravagâncias. - falou Chûji, em tom de<br />
censura, quando Haru entrou carregando espigas de milho<br />
nas mãos.<br />
- Colhi quando fui regar as plantas. Já dá para comer.<br />
- Puxa! Milhos... Que saudades! - fala Minoru com<br />
alegria.<br />
Shigeru começou a descascar o milho.<br />
- As espigas estão bem formadas. Parecem gostosos!<br />
Quando morávamos em Hokkaido comíamos só milhos e<br />
batatas, e estávamos fartos, mas por aqui, milho é um<br />
banquete.<br />
- No domingo que vem, vou vender verduras. Quero<br />
vender bastante e produzir cada vez mais.<br />
Haru parecia estar com os pés fincados no solo brasileiro<br />
mais do que qualquer um da família. Kiyo admirava a<br />
persistência de Haru:<br />
- Como você é esforçada, Haru. Com o trabalho do dia,<br />
ninguém tem forças nem para preparar uma horta. Mas você<br />
se dedica sozinha à sua horta...<br />
- Como sou criança, nem me contam como um dos<br />
"colonos". Por isso, faço capinação sem caprichar muito e<br />
me dedico mais à minha horta.<br />
Apesar de sua modéstia, Haru ficara feliz ao ser elogiada.<br />
- É verdade. Se vender o que produzir na horta, o dinheiro<br />
será nosso. Os homens também deveriam ajudá-la um pouco...<br />
- disse Kiyo, tentando encorajar os homens em tom de<br />
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