Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

agricultura, depois de ter sofrido tanto na fazenda de café.<br />
Chûji ficou surpreso com as idéias de Takuya, que pensava<br />
em desenvolver suas próprias terras com o dinheiro que<br />
pouparia trabalhando em alguma fazenda. Aos olhos de Chûji,<br />
a insistência na agricultura era bem vista.<br />
- Eu sempre via Haru cultivando, com dedicação, seus<br />
legumes e verduras e aprendi, assim, o prazer de cultivá-los.<br />
Então, comecei a pensar em plantar verduras e flores das quais<br />
eu gosto...<br />
A família Yamashita se dedicara à indústria no Japão.<br />
Como emigraram para o Brasil sem nada saber sobre<br />
agricultura, Takuya nem pensava, no início, em se dedicar à<br />
lavoura. Fora, sem dúvida, influenciado por Haru e se sentia<br />
mais estimulado ainda ao contemplar o verde da fazenda dos<br />
Takakura se estender pelo horizonte.<br />
- Invejo os senhores... Ah, como seria bom se pudesse<br />
plantar o que se deseja num lugar como este!<br />
- Você diz isso porque veio para este lugar depois de<br />
muito tempo. Às vezes, as plantas crescem bem, porém, vem<br />
a geada ou a chuva de granizos e destrói tudo, ou então, ocorre<br />
uma proliferação de pragas, que devasta a plantação... As<br />
coisas não correm como planejamos. Mas, como não sabemos<br />
fazer outra coisa senão plantar, estamos agarrados a esta<br />
terra...<br />
Shizu procurou explicar indiretamente que a agricultura<br />
era uma atividade muito sacrificada por depender do sol e do<br />
clima, mas Chûji parecia estar contente com o firme propósito<br />
- 334 -