Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

sobre a paisagem de uma fazenda na Vila de Barbizon. Na<br />
verdade, porém, era o sinal que anunciava o início do trabalho<br />
rigoroso dos colonos.<br />
Ouviram dizer que o clima do Brasil era ameno, mas a<br />
temperatura da manhã era espantosamente baixa. Tremendo<br />
de frio, vestiam-se rapidamente. Ao sair de casa, já viam as<br />
filas dos colonos que caminhavam silenciosamente rumo aos<br />
respectivos setores da fazenda cafeeira.<br />
O setor da família Takakura ficava no local mais<br />
longínquo, no interior da fazenda. A caminhada já se tornara<br />
um bom exercício físico e ao chegar, o céu já estava<br />
completamente claro.<br />
Iniciado o trabalho, os raios solares começavam a queimar<br />
impiedosamente a pele de todos, já que não havia nenhum<br />
obstáculo que podia interceptá-los. O suor começava a brotar<br />
por todo o corpo e escorria, consumindo a energia das pessoas.<br />
Ao colher os frutos do café, um pequeno descuido acabava<br />
fazendo com que espetassem com as pontas dos galhos, as<br />
mãos e os dedos que começavam a sangrar e a doer por causa<br />
do suor. Aquele trabalho pesado continuava até o toque dos<br />
sinos do crepúsculo.<br />
Haru também se dedicava, durante o dia, com Chüji e<br />
demais pessoas da família, à colheita dos frutos do café,<br />
trabalho esse para o qual ainda não estava pronta.<br />
Havia uma forma apropriada de trabalho na colheita de<br />
café. Em primeiro lugar, estendia-se um pano grande sob os pés<br />
de café. Depois, com a palma das mãos, procurava-se tirar os<br />
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