Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

fosse doença. Se soubesse, tinha tratado antes. - disse Shizu,<br />
com profundo remorso.<br />
- Vai dar tudo certo! Mesmo com tracoma, ela pode fazer<br />
de tudo, igual a uma pessoa normal.<br />
Somente Yozo procurava confortar o resto dos familiares.<br />
Passos pesados, que vinham do longo e escuro corredor<br />
da hospedaria, pararam em frente ao quarto da família<br />
Takakura.<br />
Todos olharam ao mesmo tempo para a porta do quarto.<br />
Era Chüji.<br />
- Pedi com insistência ao encarregado. Porém, ele disse<br />
que o Brasil proíbe terminantemente a entrada de pessoas<br />
com tracoma. A inspeção para entrada no país está ficando<br />
mais difícil a cada ano.<br />
- Então, não podemos levar Natsu?<br />
Shizu olhou transtornada para Natsu.<br />
- Vamos pedir ao médico que trate dela e a cure até a<br />
partida do navio!<br />
Haru fez bico, inconformada, pensando que não poderia<br />
deixar Natsu para trás.<br />
- Parece que não é tão simples assim... - respondeu Chüji.<br />
- Quando eu estava na escola primária, tinha muitas<br />
crianças com tracoma. Elas não se tratavam, mas eram<br />
saudáveis e brincavam sem problemas.<br />
Como se podia depreender da fala de Shigeru, havia pouca<br />
conscientização acerca da gravidade do tracoma entre a<br />
população.<br />
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