Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

fazenda. Não acho que vale a pena fugir, arriscando tanto...<br />
- Shigeru morreu! Se continuarmos assim, Minoru e Haru<br />
poderão ter o mesmo destino. Precisamos proteger pelo menos<br />
as crianças.<br />
Haru colocou a mão nas costas de Shizu que, perturbada,<br />
se queixava para Chûji.<br />
- Tudo bem, mamãe. A vida deve ser igual em qualquer<br />
fazenda. Vamos ficar aqui. Eu vou me esforçar. Se nos<br />
tornarmos auto-suficientes, vamos conseguir guardar<br />
dinheiro...<br />
Com o ânimo de Haru, Chûji e também Heizo abaixaram<br />
a cabeça, sem poder dizer mais nada.<br />
- Voltarei para assistir ao funeral de Shigeru...<br />
Heizo desistiu de tentar persuadi-los e se retirou da casa<br />
dos Takakura em luto.<br />
Shizu continuou a chorar, agarrada ao corpo de Shigeru.<br />
Ela estava envergonhada por observar o sofrimento do próprio<br />
filho, sem nada ter feito e pedia perdão pela sua fraqueza em<br />
não ter podido cuidar dele.<br />
Contudo, não havia nada que pudesse ter feito. No meio<br />
do dilema de não poder avançar e nem recuar, o tempo passava<br />
devagar em meio ao desânimo.<br />
No dia seguinte, os colonos começaram a se movimentar,<br />
ao alvorecer. Da mesma forma que no dia anterior, o dia<br />
começou com o trabalho de capinação. Por maior que fosse a<br />
infelicidade que tinha assolado a família de Haru, as ervas<br />
daninhas continuavam a crescer com muita força. Por mais<br />
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