Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

ancas. O avental de Haru, que colhia um por um os frutos do<br />
algodão que pareciam uma flor branca, enchia num instante. Seu<br />
rosto mostrava uma alegria que até então não havia aparecido.<br />
"Os pés de algodão que semeamos na nova terra<br />
cresceram. Deram frutos que pareciam ser flores<br />
brancas. Mas embora tenhamos chegado ao terceiro<br />
ano, época em que prometemos voltar, estamos numa<br />
situação difícil. Mal sabemos se conseguiremos nos<br />
sustentar. Por isso, ainda não podemos voltar para o<br />
Japão. Queremos, de todas as maneiras, ter sucesso<br />
com o plantio de algodão para, com isso, ganharmos<br />
dinheiro e voltarmos o quanto antes. Deve estar sendo<br />
difícil para você, mas espere mais um pouco, por<br />
favor.<br />
O mano Minoru está numa cidade portuária<br />
chamada Santos, trabalhando e aguardando a<br />
oportunidade de embarcar num navio afim de voltar<br />
para o Japão."<br />
Natsu ergueu os olhos da carta que lia.<br />
- Como estará o mano Minoru neste momento...? Será que<br />
está bem no Japão...?<br />
Natsu olhava atentamente para a foto de família tirada na<br />
Hospedaria dos Emigrantes em Kobe, em que os dois irmãos<br />
posavam com seriedade.<br />
Mal passara um ano de separação, Shigeru estava morto e<br />
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