Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

e as costas cada vez mais curvadas. Chûji já não conseguia<br />
vencer os netos.<br />
- Mamãe, volte cedo hoje. - falou Tatsuo, de forma<br />
mimada.<br />
Estava prevista uma sessão de cinema naquela noite.<br />
- Antigamente, nós não tínhamos a oportunidade de<br />
assistir filmes japoneses. Agora, o tráfego entre o Brasil e o<br />
Japão se tornou livre, e estão trazendo muitos filmes.<br />
Realmente, os tempos melhoraram.<br />
- É verdade. Agora é possível ir ao Japão de avião em<br />
uns cinco dias. Vamos voltar para lá um dia, não é mesmo?<br />
Já fazia mais de 10 anos que a guerra terminara. O correio<br />
esteve paralisado durante a guerra, mas, embora a<br />
comunicação tivesse se tornado mais freqüente, não pudera<br />
entrar em contato com Natsu e nem com a família dos tios,<br />
que aparentemente estariam ainda cuidando dela. Gostaria<br />
que pelo menos Chûji e Shizu pudessem voltar para o Japão<br />
enquanto estivessem vivos. Queria, também, saber do<br />
paradeiro de Natsu. Estes eram os desejos mais profundos de<br />
Haru.<br />
Naquela noite, o local a céu aberto onde haveria a projeção<br />
do filme, estava repleto de japoneses e seus familiares. A<br />
família de Kotaro Nakayama, Toki, Ryuta e os filhos também<br />
estavam presentes.<br />
A projeção se iniciou com as notícias do Japão: eram<br />
cenas do casamento do então Príncipe Herdeiro.<br />
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