Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

vir buscar a irmã, ainda que quisesse fazê-lo. Sem saber de<br />
nada, Natsu ficara à espera de seus familiares.<br />
Seria cruel demais se fosse verdade que não recebera as<br />
cartas. Talvez não se pudesse criticá-la pelo fato de ter<br />
ressentimento ou ódio de Haru.<br />
Para Natsu, que era pequena, o consolo era escrever para<br />
Haru. O seu único apoio espiritual era aguardar a chegada<br />
das cartas de Haru. Natsu, contudo, sentira-se abandonada.<br />
- Você não imagina como me senti miserável... Ninguém<br />
pode entender essa solidão, esse sentimento de abandono...<br />
Não quero falar nem ouvir sobre coisas do passado. Não<br />
adianta mais falar ou ouvir essas histórias. Eu não tenho pais,<br />
nem irmãos. Por isso, não tenho rancor nem ódio. E está tudo<br />
bem assim. Bem, acho que nunca mais nos veremos. Passe<br />
bem...<br />
Natsu fez uma reverência ao final e entrou no automóvel<br />
de luxo. Haru ficou paralisada, mesmo depois que as lanternas<br />
traseiras do automóvel desapareceram no escuro.<br />
Voltando para o quarto do hotel, Haru, parecendo<br />
fatigada, sentou-se no sofá. Natsu não só estava bem como<br />
havia se tornado a presidente de uma grande empresa.<br />
Haru pedia a todos os conhecidos no Brasil que iam<br />
visitar o Japão, que investigassem sobre Natsu Takakura. Com<br />
o casamento poderia ter havido mudança de sobrenome, mas<br />
ninguém poderia saber que era Yamabe. Qualquer pesquisa<br />
sobre Natsu Takakura seria infrutífera, se não se soubesse do<br />
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