Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

Ryuta se espantou com Haru. Saiu da beira da estrada e<br />
desligou o motor do caminhão.<br />
- Por favor, ensine-me português. Irei a qualquer hora, de<br />
acordo com sua conveniência. Por favor.<br />
Ryuta olhava atônito, sem saber o que responder, diante de<br />
Haru, que se curvava com determinação.<br />
Na residência dos Takakura, Chûji bebia pinga malhumorado.<br />
Pinga era uma bebida destilada brasileira. Muitos<br />
japoneses que levavam uma vida difícil, bebiam pinga para<br />
afogarem suas mágoas.<br />
Nesta noite, a causa do mau humor de Chûji era Haru.<br />
- Onde você estava? - Chûji censurou Haru, assim que ela<br />
chegou em casa.<br />
Haru também sabia o porquê do mau humor do pai.<br />
- Vou aprender português com Ryuta.<br />
- O quê?<br />
- Se eu não entender português, não posso conversar e nem<br />
me relacionar com ninguém. Assim não dá para viver aqui. Ryuta<br />
aceitou com prazer. A partir de amanhã, ele vai me dar aulas<br />
intensivas.<br />
- Eu já falei para não se relacionar com as pessoas daquela<br />
casa. Não permito.<br />
Shizu, que preparava o jantar, defendeu Haru dizendo:<br />
-Não adianta você falar assim. Se não soubermos português,<br />
não conseguiremos nem fazer compras. Eu também pretendo<br />
aprender.<br />
Chûji, indignado por estar sendo contrariado até mesmo por<br />
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