Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

Kinta parou de movimentar o seu hashi, ao ouvir as<br />
palavras de Natsu.<br />
- Você não está pensando em fabricar biscoitos, está?<br />
- O queijo já não tem futuro. Precisamos pensar num<br />
negócio novo... Veja, mesmo no mercado negro, os doces<br />
americanos têm grande saída. Os japoneses estão com<br />
carência de doces. Nós podemos fabricar manteiga. Estava<br />
achando que se fabricássemos doces ocidentais usando<br />
bastante manteiga, eles venderiam bem. Eu acho que vai ser<br />
uma excelente saída.<br />
- Mesmo tendo manteiga, não dá para fazer biscoitos sem<br />
açúcar. E se comprarmos açúcar no mercado negro, não<br />
teremos lucros.<br />
- O tenente do exército americano é nosso amigo. Ele<br />
nos arrumará o açúcar de que precisamos. Foi para isso que<br />
me aproximei dele.<br />
Conforme prometera, George começou a ensinar como<br />
se faziam biscoitos. Era preciso, em primeiro lugar, preparar<br />
os apetrechos necessários. Para poder fazer os biscoitos,<br />
começaram a preparar um forno improvisado na casa de<br />
Tokuji.<br />
Kinta e Tsutomu soldaram as chapas de ferro que<br />
conseguiram, e acabaram fazendo algo parecido com um<br />
forno. As placas haviam sido encontradas nos destroços de<br />
um bombardeio e portanto, não tiveram nenhum custo.<br />
Até George, que estava orientando os dois, ficara<br />
admirado com a capacidade de improvisação.<br />
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