Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

com você.<br />
- Meu pai não é uma pessoa com um coração tão grande<br />
assim. Ele está completamente crente quanto à vitória do<br />
Japão... Nem posso falar sobre você... Eu já me conformei...<br />
Ryuta parou de caminhar e olhou para Haru.<br />
- Estando no Brasil, não importa se o Japão ganhou ou<br />
perdeu a guerra. Pessoas com idéias fixas como meu pai são<br />
desprezadas e humilhadas. Porém, eu entendo o sentimento<br />
de meu pai, de querer acreditar que o Japão venceu a guerra.<br />
Quero tratar seu sentimento com carinho. Acho que isso é<br />
obrigação de filha. Não posso trair o meu pai.<br />
Chûji só tinha Haru e Shizu. Não era como Kotaro ou<br />
Ryuta, que eram cercados de muitas pessoas, que os<br />
respeitavam e buscavam apoio. E, antes de tudo, a própria<br />
Haru era o tipo de japonesa à moda antiga, que pensava acima<br />
de tudo nos pais.<br />
- Eu queria passar a minha vida junto de você, Ryuta.<br />
Mas, por mais tolo que seja, para mim, ele é meu único pai.<br />
A fisionomia de Ryuta, que olhava Haru de forma rígida,<br />
transformou-se num semblante carinhoso.<br />
Talvez pelo fato de Haru ser assim é que Ryuta passara a<br />
gostar dela. O ambiente que os cercava, não era, contudo, tão<br />
favorável a ponto de permitir o relacionamento dos dois, pelo<br />
simples fato de que eles se gostavam.<br />
Haru virou as costas, dirigindo-se para casa e Ryuta<br />
seguiu seu caminho. A distância entre os dois foi<br />
aumentando...<br />
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