Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

oportunidade para visitá-los e agradecer-lhes por tudo que<br />
fizeram... Nem tenho palavras para me desculpar. - Shizu<br />
agradeceu formalmente o gesto de Takuya, que também<br />
respondeu cerimoniosamente:<br />
- Este sentimento é mútuo. Já faz mais ou menos 17 anos<br />
que nós nos separamos, quando fugimos da fazenda de café,<br />
não é?<br />
Heizo, pai de Takuya, havia imigrado para o Brasil com a<br />
firme intenção de enterrar os seus restos mortais no país.<br />
Contudo, durante o período da guerra fora preso pela polícia<br />
apenas pelo fato de ter-se reunido com alguns amigos<br />
japoneses e ficou detido por quase um ano.<br />
O sacrifício dos familiares enquanto o pai estivera detido<br />
deveria ter sido enorme.<br />
Com o término da guerra, os seus negócios entraram no<br />
eixo e agora estava muito ocupado, totalmente sem tempo.<br />
Takuya relatou o que se passara com os seus, desculpandose<br />
por não ter escrito à Haru. Shizu lhe perguntou:<br />
- Você disse que estava morando em São Paulo. O que<br />
estão fazendo?...<br />
- Estamos fabricando e consertando implementos<br />
agrícolas simples...<br />
- Então, vocês abriram uma fábrica?...<br />
- Sim, uma pequena...<br />
As notícias de sucesso dos seus antigos vizinhos<br />
alegraram também a Chûji.<br />
- Que ótimo! Seu pai me disse que se candidatou como<br />
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