Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

- George, por favor, ensine-me a fazer todos os doces<br />
que você conhece. Eu vou tocar esta fábrica, mesmo que seja<br />
sozinha. Vou ser a melhor doceira do Japão. Senão, não tem<br />
sentido eu me casar com você. Nem que seja por teimosia,<br />
vou ser a melhor doceira do Japão!<br />
- No Japão existiam também pessoas orgulhosas depois<br />
da guerra, não é? Igualzinho ao papai. No caso dele, não é<br />
que ele odiava os americanos. Ele não admitia, de jeito<br />
nenhum, que o Japão tivesse sido derrotado na guerra. Por<br />
causa dele, a vila se dividiu e sofremos muito.<br />
As recordações passaram da fábrica de biscoitos de Natsu<br />
em Hokkaido, para os dias de Haru, no Brasil.<br />
Haru se dedicava ao trabalho na plantação de algodão,<br />
juntamente com Chûji e Shizu, na sua gleba de terra situada<br />
na vila dos japoneses.<br />
Pessoas vestidas para uma festa iam andando pelo<br />
caminho, próximo à plantação, dos Takakura. Dentre eles,<br />
estava Yamada, que outrora comungara dos mesmos ideais<br />
de Chüji.<br />
- Esse sujeito também vai ao casamento do Nakayama?<br />
Até outro dia, ele era kachigumil Ficou com medo de<br />
Nakayama e virou a casaca... - Chûji desabafou seus<br />
sentimentos cheios de amargura.<br />
- Todos estão cansados de continuar a insistir no mesmo<br />
assunto. Além disso, é uma comemoração. Deixe esse orgulho<br />
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