Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

-É melhor você se cuidar também. Há casos de pessoas<br />
com sorte que conseguem se restabelecer. De hoje à noite para<br />
amanhã, será o momento mais crítico. Amanhã virei de novo para<br />
ver como ele estará. Até mais...<br />
Natsu ficou atônita, de pé, olhando para as costas do médico<br />
que se afastava. Não posso chorar, dizia para si mesma.<br />
Quando Natsu voltou para o quarto, levando para a cabeceira<br />
de Tokuji, uma bandeja com papa de arroz com ovo,<br />
acompanhado de umeboshi (ameixa curtida), voltara a ser aquela<br />
menina obediente e alegre de sempre.<br />
- A Papa está pronta. Vamos comer?<br />
Natsu segurou Tokuji, que se esforçava para se levantar.<br />
- Fique deitado! Darei a comida na sua boca.<br />
- Huum, está bem. Aceitarei a oferta...<br />
Tokuj i encostou a cabeça languidamente no travesseiro e fixou<br />
o olhar em Natsu.<br />
- Ao olhar para você, costumava pensar que, se a minha<br />
filha estivesse viva, talvez eu tivesse uma neta de sua idade... Ao<br />
recebê-la das mãos de Deus, com a mesma idade de quando<br />
minha filha morreu, sentia como se ela tivesse voltado para mim.<br />
Mas, pensando bem, já estou em uma idade em que não seria<br />
estranho se tivesse uma neta. Sou um felizardo em receber seus<br />
cuidados, Natsu, que é como se fosse uma neta, na idade em<br />
que estou.<br />
- Vai cansar se falar muito. Vamos comer antes que esfrie...<br />
Tem que se alimentar bem...<br />
Apanhando a tigela de papa que estava a fumegar numa<br />
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