Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

Natsu olhou atentamente o papel que Chüji lhe entregara.<br />
As letras do alfabeto que Natsu não conseguia ler estavam<br />
enfileiradas como se fossem símbolos. A família viveria feliz<br />
na fazenda de café, naquele endereço.<br />
- A foto que tiramos em família ficou pronta. Mandei<br />
fazer uma cópia a mais para você. Guarde-a!<br />
Haru e Natsu estavam na frente e atrás se perfilaram os<br />
pais, irmãos e o casal de tios, bem formais. Natsu,<br />
acabrunhada, fitava um ponto.<br />
- Perdoe-nos, Natsu! Perdoe-nos por deixá-la sozinha...<br />
- Eu vou olhar para esta fotografia e me lembrar de vocês.<br />
Com essa foto, vou sentir que estamos sempre juntas, que<br />
não estarei sozinha...<br />
- Então, temos que ir. Não venha se despedir de nós. Lá<br />
no cais haverá uma grande multidão. Vai ser uma confusão e<br />
você poderá ser pisoteada.<br />
Chüji dirigia-se a Natsu com a voz mais mansa possível,<br />
e Shizu procurava explicar à Natsu em tom de apelo:<br />
- É melhor a gente se despedir aqui. A despedida no cais<br />
é triste demais. Não venha! Fique aqui. Fique aqui, está bem?<br />
Convencida pelas as argumentações de Chûji e Shizu,<br />
Natsu engoliu o choro e aquiesceu em silêncio.<br />
Saíram do quarto e ao dobrar o corredor, Haru não<br />
agüentou e olhou para trás. Não viu Natsu no corredor. Chüji<br />
colocou o braço nas costas de Haru e fez com que ela<br />
continuasse a caminhar.<br />
Natsu ficou só no quarto e tentava suportar a insegurança<br />
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