Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

anos e pudermos voltar para o Japão, para junto de<br />
você, Natsu, agüentaríamos qualquer sofrimento.<br />
Mas, permanecendo nesta fazenda, não temos como<br />
ir buscá-la. Por isso decidimos fugir. "<br />
O sol se punha no horizonte da terra roxa do Brasil. Na<br />
fazenda, podia-se ver a mesma paisagem ao entardecer de todos<br />
os dias... Os colonos caminhando em direção às suas respectivas<br />
casas, levando nos ombros os instrumentos agrícolas.<br />
Era uma noite do mês de fevereiro de 1935.<br />
Heizo Yamashita estava na casa dos Takakura, seus vizinhos.<br />
Tratava-se aparentemente de uma cena trivial do cotidiano.<br />
Os adultos, Chûji, Shizu, Yozo e Kiyo, ouviam atentamente<br />
as palavras de Heizo.<br />
- Sr. Takakura, sentimo-nos fortalecidos porque o senhor e<br />
os seus decidiram sair daqui também. Juntos, ajudando um ao<br />
outro, conseguiremos escapar daqui.<br />
- Mas, mesmo saindo daqui, não teremos para onde ir...<br />
-Deixe comigo. Tenho muitos companheiros japoneses, com<br />
quem tenho mantido contatos desde que chegamos aqui. Há um<br />
lugar que reúne cerca de 20 famílias de japoneses que<br />
desbravaram terras virgens arrendadas de um grande fazendeiro<br />
americano. Plantam algodão, batatinhas e outros produtos. Eles<br />
podem ajudar os que fugiram da vida de colono.<br />
-Não é uma fazenda de colonos?<br />
-Não. Basta pagar o aluguel ao arrendador, e o que se colhe<br />
é livre. Como os japoneses são diligentes e honestos, produzem<br />
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