Haru e Natsu - Imigrantesjaponeses.com.br

Yosaku sentia compaixão de Natsu. O inverno estava para<br />
começar. Além disso, pensava em como explicar para a<br />
família do irmão, quando viessem buscar Natsu. Yosaku<br />
estava perplexo.<br />
Após 70 anos, na biblioteca de sua casa luxuosa em<br />
Tóquio, Natsu estava com seus pensamentos num passado<br />
longínquo. Não teria sido estranho se tivesse morrido. O<br />
estranho era ter sobrevivido e estar hoje ali.<br />
Tendo as cartas de Haru na sua frente, Natsu pensava<br />
novamente na vida tumultuada que começara a trilhar com<br />
apenas sete anos de idade.<br />
O trem diminuirá a velocidade e estava quase parando,<br />
quando Natsu pulou sobre os trilhos e começou a andar com<br />
muito esforço. Não havia destino, nem rumo. Apenas<br />
continuou a andar, arrastando os pés para longe, cada vez<br />
mais longe. A garganta estava seca. Passando pelos arvoredos<br />
do campo, cambaleando, ouviu o barulho de um riacho. Ao<br />
molhar a garganta com a água do rio, sentiu-se segura e,<br />
cansada, caiu num sono profundo.<br />
A luz do sol que batia sobre Natsu diminuía. Entardecia<br />
e o sol se punha no horizonte. Natsu continuou a dormir,<br />
parecendo estar morta.<br />
Um homem de certa idade, vestindo roupa de trabalho,<br />
aproximou-se de Natsu um tanto desconfiado, e ficou a<br />
observá-la. Sentindo sua presença, Natsu despertou assustada.<br />
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