16.04.2013 Views

As determinantes locais da paradiplomacia: o caso dos municípios ...

As determinantes locais da paradiplomacia: o caso dos municípios ...

As determinantes locais da paradiplomacia: o caso dos municípios ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

independente <strong>da</strong> esfera central. <strong>As</strong> cooperações vão desde coisas pontuais, como o auxílio de<br />

carros de bombeiros quando há focos de incêndio do outro lado <strong>da</strong> fronteira, até programas de<br />

intercâmbio de professores <strong>da</strong> rede pública municipal para ensinar línguas (CNM, 2008).<br />

<strong>As</strong> fronteiras também tiveram espaço central na teoria e nos modelos explicativos.<br />

Segundo Duchacek (1990), os contatos entre regiões nas fronteiras são quase tão velhas<br />

quanto à humani<strong>da</strong>de. Nesse sentido, o autor denomina um <strong>dos</strong> seus três tipos de<br />

<strong>paradiplomacia</strong> de “regional transfronteiriça”. Ele a define como “transborder contacts –<br />

institutional, formal, and, above all, informal – which are predominantly conditioned by<br />

geographic proximity and the resulting similarity in the nature of common problems and their<br />

possible solutions” (DUCHACEK, 1990, p. 17).<br />

Hocking reitera essa visão ao afirmar que “entre os <strong>determinantes</strong> do envolvimento<br />

internacional de uma região estão, obviamente, as ligações que esta tem com o sistema<br />

internacional, e, nesse <strong>caso</strong>, uma variável fun<strong>da</strong>mental é, sem dúvi<strong>da</strong>, a geografia”<br />

(HOCKING, 2004, p. 86). Ele conclui: “quando a proximi<strong>da</strong>de territorial estimula o<br />

desenvolvimento de vínculos transnacionais e transgovernamentais entre autori<strong>da</strong>des<br />

regionais e os países vizinhos (...) intensifica-se o envolvimento internacional” (HOCKING,<br />

2004, p. 86).<br />

Nos modelos quantitativos não acontece de forma diferente. A localização geográfica<br />

<strong>da</strong>s uni<strong>da</strong>des subnacionais é leva<strong>da</strong> em consideração nos modelos estatísticos conheci<strong>dos</strong>.<br />

Para o <strong>caso</strong> mexicano tem-se a justificativa que<br />

104<br />

being in a border situation should push federal units to establish contact and to cooperate with those<br />

territorial units with whom they share a common boun<strong>da</strong>ry. Therefore, it can be assumed that border<br />

states should have a higher level of international participation compared to non-border states” (FARFÁN<br />

e SCHIAVON, 2005, p. 22).<br />

Os autores concluem, após execução <strong>dos</strong> cálculos, que “although the geographical<br />

factor has played an important role in the states’ degree of international activity (especially in<br />

the case of the northern border), some central states (Jalisco, Estado de México, and<br />

Guanajuato) seem to be an exception to this rule” (FARFÁN e SCHIAVON, 2005, p. 25).<br />

No <strong>caso</strong> <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> essa variável também está presente. No modelo de<br />

McMillan “U.S. states bordering Cana<strong>da</strong> or Mexico are also coded as dichotomous variables”<br />

(McMILLAN, 2008, p. 240) e a conclusão é a de que<br />

Além disso, ela apresenta os problemas que os prefeitos <strong>da</strong> região <strong>da</strong> Faixa de Fronteira enfrentam (tanto de<br />

cunho político, quanto legal, econômico e social), e as deman<strong>da</strong>s e soluções para desses problemas.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!