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As determinantes locais da paradiplomacia: o caso dos municípios ...

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contínuos. Um bom exemplo para isso é a existência do escritório de representação de<br />

comércio já citado, de Pernambuco em Lisboa, ou a representação <strong>da</strong> província argentina de<br />

Entre Ríos em Porto Alegre (VIGEVANI, 2006).<br />

Em artigo recente, Salomón (2011, p.-) é precisa nessa distinção. Para ela,<br />

em termos gerais, os governos municipais por um lado e os governos intermédios (regionais, provinciais,<br />

etc.) são dois tipos diferentes de atores mistos. Ambos combinam características de atores livres de<br />

soberania e limita<strong>dos</strong> pela soberania, mas em proporções diferentes. Os governos municipais são mais<br />

livres de soberania que condiciona<strong>dos</strong> por ela, e o contrario acontece com os governos estaduais. Se os<br />

diferentes atores de política externa são imagina<strong>dos</strong> como organiza<strong>dos</strong> num continuum, com os governos<br />

centrais em um extremo (completamente condiciona<strong>dos</strong> pela soberania) e os atores não estatais<br />

(completamente livres de soberania) no outro extremo, então os governos subnacionais estariam no meio,<br />

com os governos regionais mais próximos aos governos centrais e os municipais mais próximos aos<br />

atores não estatais.<br />

Ela acredita que há uma semelhança entre os movimentos sociais transnacionais e a<br />

forma de atuação internacional <strong>dos</strong> governos <strong>locais</strong> e isso corrobora a ideia de que os<br />

<strong>municípios</strong> são menos condiciona<strong>dos</strong> pela soberania. Isso se reflete na maior facili<strong>da</strong>de com<br />

que eles podem criar redes transnacionais políticas e técnicas entre eles e o maior grau de<br />

politização <strong>da</strong>s ações <strong>da</strong>s administrações municipais no exterior (SALOMÓN e NUNES,<br />

2007).<br />

Figura 1 – Como os governos subnacionais se posicionam em termos de soberania<br />

Ao seu ver,<br />

Fonte: Criado pelo autor, baseado nas ideias de Salomón (2011).<br />

within this great variability, the paradiplomacy of local (municipal) governments seems to follow patterns<br />

more defined than those of intermediate governments (Argentinian or Canadian provinces, American or<br />

Brazilian states…). This is due to the more homogenous nature of municipal governments in comparison<br />

to intermediate governments (much more heterogeneous in their competences, responsibilities and<br />

resources), which makes the agglutination of interests and the forming of structures of cooperation much<br />

easier. In its turn, the participation in the many mechanisms of transnational cooperation – as well as the<br />

interaction with classic international organizations – contributes to unite those responsible for local<br />

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